Moro revela ficha criminal do hacker

O senador Sérgio Moro (União- PR) levantou a ficha criminal do "hacker" Walter Delgatti, que compareceu à CPMI do dia 8 como testemunha, apesar de não ter qualquer relação com o tema da comissão. Ele só respondeu perguntas combinadas com os parlamentares da extrema-esquerda e se recusou a responder as outras.

Moro revelou que uma consulta pública mostra Delgatti acumulando 46 processos por estelionato, envolvendo tramitações na Justiça de São Paulo, no Tribunal Regional Federal 01 e outras cortes. De acordo com a inquirição de Sérgio Moro, um único processo identificou 44 vítimas do estelionatário.

O Ministério Público fez denúncia que revela o modus operandi de Delgatti, através da formação de uma quadrilha que, segundo o relatório da Procuradoria Geral da República, se constituiu de maneira “organizada, estável, em união de desígnios”. Uma investigação da Polícia Federal mostra o modus operandi.

Segundo ela, Delgatti agia em diversas frentes de crimes cibernéticos: fraudes bancárias e furtos mediante fraude, invasão de dispositivos mediante violação indevida de sistemas de segurança e monitoramento, em tempo real, e de comunicações telemáticas (dados) sem autorização.

Mesmo assim, Delgatti virou piada depois que seu advogado alegou que a suposta conversa dele com Bolsonaro não foi gravada porque "o celular estava em modo avião". Existe a suspeita de que ele na verdade é apenas testa de ferro de um hacker de verdade, depois que declarou ter "assumido o hackeamento da Lava Toga".

A PF diz que Delgatti tinha seu próprio ‘testa de ferro’, que emprestava o nome para a movimentação das transições criminosas praticadas pela quadrilha, Danilo Cristiano Marques, "cedendo seu nome para aluguel de apartamento, serviços como água, luz e internet, o que auxiliava a manutenção da liberdade de Walter”.

A PF revelou o caráter sórdido da atuação de Delgatti com uma conversa transcrita a partir de gravação entre o hacker e uma mulher identificada como Fernanda. Delgatti se passou por homônimo da vítima, influenciando a cumprir procedimento que daria acesso à conta bancária da empresa da qual é dona.

Durante oitiva na CPMI do 8 de janeiro, o hacker se disse inocente, apesar das provas robustas, como imagens, áudios e vídeos de Delgatti em operações criminosas. Ele também é acusado de ir à CPMI para cumprir um script combinado com a extrema-esquerda.

Um vídeo levado pelo deputado André Fernandes (PL-CE) mostra a testemunha declarando voto em Lula, durante entrevista à revista Fórum. “O Walter de hoje com certeza vota no Lula. Não só voto, como peço que votem no Lula. Faço campanha para ele. O que for preciso”.

A entrevista foi concedida em julho de 2022, mesmo período em que Delgatti abordou a deputada Carla Zambelli (PL-SP) para, de acordo com a versão dela, pedir oportunidade para assessora-la com as ferramentas de internet do mandato. Na ocasião, disse que pretendia ajudar Bolsonaro a entender a limitação das urnas. Com Diário do Poder

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