UB amordaça deputado para agradar Lula

Seis dias depois de acusar o líder da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), José Rainha Júnior, de ser “criminoso cínico”, o deputado federal Alfredo Gaspar foi surpreendido, na tarde desta quarta, com a decisão de seu partido, o União Brasil, de retirá-lo da condição de membro titular da CPI do MST.

A decisão foi tomada por pressão do governo Lula (PT) sobre seu partido. Com a decisão, Alfredo Gaspar foi silenciado, perdendo o direito de repetir acusações duras como a que fez durante sessão da CPI do MST, quando acusou Rainha de ter como “para-choque de suas ações criminosas, dezenas de políticos que compactuam com seu crime”.

O deputado atribuiu ao governo do PT o maior estímulo ao ex-líder nacional do MST na “permanência no crime”. Alfredo deixa de ter direito a perguntar, solicitar convocações e requerimentos. Sem maiores explicações do União Brasil, ele comentou sobre a surpresa desagradável em entrevista à Rádio Grande Rio, de Penedo (AL).

“Agora há pouco, fui surpreendido com decisão do meu partido, por pressão do governo, de me retirar de uma comissão parlamentar de inquérito. Porque, comigo, eu não aceito qualquer tipo de pressão. Eu quero a verdade. É minha conduta aqui em Brasília. Não faço oposição por oposição. Faço é fiscalizar e cobrar solução".

O parlamentar já combateu o crime organizado ao chefiar a Segurança Pública e o Ministério Público de Alagoas. Em junho, Alfredo Gaspar foi reconhecido como o alagoano menos governista da Câmara dos Deputados, pelo ranking Radar do Congresso.

A retirada de Alfredo Gaspar está sendo considerada a segunda intervenção política do governo Lula na CPI do MST, que já teve anulada a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, por decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), atendendo pedido do deputado federal Nilto Tatto (PT-SP).

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sao pedro