Advogados dão aula de direito ao STF

Indignados com a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) de julgar os réus de 8 de janeiro em plenário virtual, um grupo de advogados dos denunciados protestou em frente ao prédio da Corte, nesta segunda-feira, pelo direito de fazer a sustentação oral dos clientes presencialmente.

O ato foi organizado pela Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro (Asfav), com 10 advogados que defendem réus pelos atos de 8 de janeiro trajados com camiseta com a frase “Não seremos intimidados”. Um deles foi Ezequiel Silveira, que representa 25 réus.

Ele fez a sustentação oral do cliente Moacir José dos Santos em frente ao prédio do STF. “A gente acredita que essa determinação configura cerceamento de defesa, uma vez que, no plenário virtual, não há debates. Neste modelo de plenário, teríamos de enviar um vídeo da sustentação de qualquer maneira".

"Então, em vez de gravar no escritório, gravaremos aqui, como forma de protesto, e dizer que, se eles estão nos proibindo de fazer a sustentação oral lá dentro, faremos aqui na porta”, disse Silveira. Natural de Foz do Iguaçu (PR), Moacir é o único dos quatro primeiros réus ainda não julgado pelo STF.

O pedido do ministro Alexandre de Moraes, acatado por Rosa Weber, veio depois que advogados corajosos criticaram as ilegalidades que recheiam o processo diante dos ministros. As defesas da legalidade e a viralização na internet assustaram os ministros, que mudaram para o virtual para evitar mais vexames públicos.

A presidente da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro, Gabriella Ritter, espera que a Suprema Corte volte atrás e reestabeleça o julgamento presencial. “A determinação impacta a violação de vários princípios e prerrogativas dos advogados". Com terrabrasilnoticias.com

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sao pedro