Anistia denuncia PM-BA por mortes

A Anistia Internacional divulgou nota pública contra o governo da Bahia, pelo número de mortes de suspeitos em confrontos com policiais. Levantamento da organização aponta 86 mortes em operações policiais num período de apenas dois meses, ou quase duas por dia. Somente em setembro, foram 52 mortes.

A organização pede a responsabilização dos envolvidos nas esferas federal e estadual. Para isso ela indica a instalação de “investigações céleres, imparciais e efetivas" para apurar o papel não só dos policiais como dos comandantes, do secretário de Segurança e do governador da Bahia.

A Anistia quer o afastamento dos agentes que participaram nas mortes e o recolhimento das armas para perícia. A Bahia, governada pelo partido de extrema-esquerda PT há 17 anos, lidera o ranking de homicídios no país há mais de 10 anos. Em 2022, o estado registrou o dobro de mortes do segundo colocado.

Hoje, a situação é ainda pior, com uma onda de violência que registra tiroteios diários. Nesta quarta-feira, por exemplo, dois homens foram mortos em uma ação da polícia em Lauro de Freitas. Segundo a Polícia Civil, a dupla tinha armas, munições e granadas, e receberam os agentes a tiros.

No dia 15, um policial federal foi morto em uma operação contra traficantes. Antes, em agosto, a líder quilombola e ialorixá Mãe Bernadete, de 72 anos, foi assassinada no Quilombo Pitanga dos Palmares, no município de Simões Filho, mesmo estando no programa de proteção a testemunhas.

Para a Anistia Internacional, o combate às drogas e ao crime organizado “não podem ser usados como justificativas para graves violações de direitos humanos por parte do Estado”.

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sao pedro