Internet ainda é deficiente nas escolas

Na edição de 2022, a TIC Educação realizou, presencialmente, entre outubro de 2022 e maio de 2023, 10.448 entrevistas em 1.394 escolas públicas e particulares. Ao todo, os pesquisadores ouviram 959 gestores escolares, 873 coordenadores, 1.424 professores e 7.192 alunos.

Um dos temas abordados foi a qualidade da internet nas escolas. Foram citados fatores como o sinal de internet não chega às salas mais distantes do roteador (55%); a internet não suportar muitos acessos (50%) e a qualidade fica ruim (41%). Nas particulares, as porcentagens foram inferiores: 21%, 15% e 14%.

Nas escolas municipais, o principal obstáculo apontado foi o fato de a internet não suportar muitos acessos ao mesmo tempo (45%), seguido de o sinal de internet não chegar às salas que ficam mais distantes do roteador (38%) e de a qualidade da internet ficar ruim (35%).

Os estudantes destacam outras dificuldades no uso da internet, como o fato de os professores não utilizarem a rede em atividades educacionais (64%). Além disso, apontam como motivo a escola proibir o uso do telefone celular (61%) ou proibir o acesso à internet para os alunos (46%).

Os professores também precisam apoiar o aluno que não conhece o meio. 60% dos professores precisaram ajudar os estudantes no enfrentamento de situações sensíveis na internet, como o uso excessivo de jogos e tecnologias digitais, cyberbullying, discriminação, disseminação ou vazamento de imagens.

Os dados mostram que os estudantes, principalmente os mais velhos, buscam os professores para pedir ajuda no uso de tecnologias digitais. Por outro lado, ainda há lacunas na formação de professores e na oferta de aulas e cursos nas escolas para os estudantes, responsáveis e a comunidade escolar.

A necessidade de ajuda aumentou em relação a 2021, quando 49% disseram ter apoiado os estudantes, contra 60% hoje. Os principais motivos são o uso excessivo de jogos e tecnologias digitais (46%); cyberbullying (34%); discriminação (30%); disseminação ou vazamento de imagens (26%); e assédio (20%).

Segundo o estudo, os alunos mais novos buscam pais ou responsáveis para obter informações sobre o uso de tecnologias digitais. Essa porcentagem chega a 80% entre aqueles com idade de 9 e 10 anos. À medida que vão ficando mais velhos, a porcentagem cai, chegando a 34% nos com 18 anos ou mais.

Já a busca pelos professores permanece praticamente constante, em torno dos 43% até os 17 anos. Nas áreas rurais, a busca por professores é ainda maior, 56%. “Aqueles alunos de 15, 16 17 anos vão se tornando mais independentes, surgem os amigos, os vídeos e tutoriais na internet".

A proporção daqueles que aprendem com vídeos e tutoriais da internet varia entre 63% e 90% conforme os estudantes vão crescendo. A proporção daqueles que aprendem sozinhos passa de 76% entre aqueles com 9 e 10 anos e chega a 97% entre aqueles de 18 anos ou mais.

Para a maior parte dos docentes, 75%, falta um curso específico voltado para a adoção de tecnologias digitais nas atividades educacionais com os alunos. Na hora de incorporar a tecnologia na sala de aula, os professores enfrentam desafios. 50% dizem que os alunos ficam dispersos quando há uso de tecnologias. Com Abr

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sao pedro