PF faz busca contra advogados de Salvador

A Operação Faroeste continua gerando ações e aumentando o vexame que o judiciário baiano sofre diante do Brasil. Nesta quinta, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, pela Polícia Federal, contra advogados de réus, suspeitos de envolvimento na venda de decisões judiciais de um desembargador do Tribunal de Justiça.

Os nomes não foram revelados, mas a Polícia Federal informou que foi determinado o bloqueio de cerca de R$ 37 milhões em bens e valores dos investigados, por suspeita de origem ilícita. A Justiça também suspendeu o recolhimento, pelos advogdos, de R$ 7 milhões vinculados aos processos em que foram proferidas as decisões.

A Operação Faroeste apura a venda de sentenças para grileiros de terras no oeste da Bahia. Ela foi iniciada no final de 2019, com a prisão de quatro advogados, 40 mandados de busca e apreensão e o afastamento dos seis desembargadores, incluindo o presidente do TJ-BA na época e o que assumiria o cargo em seguida.

As investigações da PF mostram um esquema de venda de decisões judiciais por juízes e desembargadores, com participação de outras pessoas, que operavam a blindagem institucional da fraude, como o ex-secretário de Segurança da Bahia, Maurício Barbosa, homem de confiança de Jaques Wagner e Rui Costa, do PT.

O esquema legalizava terras griladas e usava laranjas e empresas para dissimular os ganhos. Há suspeitas de que a área grilada chegue a 360 mil hectares e que a quadrilha tenha movimentado cifras bilionárias. Ela é acusada de corrupção ativa e passiva, lavagem de ativos, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico de influência.

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sao pedro