PF faz intervenção "oculta" na Bahia

O assassinato do policial federal Lucas de Almeida provocou uma espécie de intervenção informal na segurança pública da Bahia. Desde sexta-feira, quando o agente foi morto em Salvador, o estado já recebeu mais 21 policiais federais, além dos que já atuavam na capital.

O diretor-geral em exercício da PF, Gustavo Souza, também desembarcou em território baiano, cumprindo ordem do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Desde agosto a Polícia Federal participa de operações na Bahia, como parte de um acordo entre os governos estadual e federal para reprimir a alta criminalidade.

O acordo também foi adotado para diminuir a pressãod a sociedade por uma intervenção federal na segurança da Bahia, o estado mais violento do país. Nesta semana, Salvador receberá três veículos blindados da PF. Também são esperados policiais federais que atuam no combate a facções criminosas no Rio de Janeiro.

Apesar da presença significativa de agentes federais no estado, os governos federal e da Bahia evitam a palavra intervenção. Formalmente, o que existe é uma "cooperação". Muito ativo na internet, o governador Jerônimo Rodrigues simplesmente ignorou, em suas redes sociais, o assassinato do policial.

Além de Lucas, outros dois policiais foram baleados na operação de sexta-feira, no bairro de Valéria. Por causa da violência, mais de 7 mil estudantes não tiveram aula nesta segunda. Até o momento, nove suspeitos morreram em confronto com os policiais. Também foram apreendidos três fuzis, uma submetralhadora e quatro pistolas.

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sao pedro