Família inteira é assassinada em Jequié

A violência na Bahia, estado mais perigoso do país e recordista de homicídios há mais de 15 anos, continua sem controle, mesmo com a presença de agentes da Polícia Federal tomando à frente, porque só se importam com Salvador e as cidades vizinhas. Eles estão bem longe de Jequié.

Nesta quinta, a cidade presenciou a chacina de seis pessoas de uma mesma família, incluindo uma criança de 5 anos, um idoso e uma grávida. Não por acaso, Jequié é a cidade mais violenta do país, segundo o levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com uma taxa de 88,8 homicídios por 100 mil habitantes.

O ranking só considera cidades acima de 100 mil habitantes. Segundo a polícia, homens armados invadiram a casa da família, no Loteamento Amaralina, mataram todos e fugiram. A 9ª Coorpin recolheu imagens de câmeras de segurança próximas ao imóvel para análise e vai ouvir os vizinhos.

Segundo o delegado Roberto Leal, ele aguarda a conclusão da perícia, mas nenhuma hipótese será descartada. “Estamos, inclusive, ouvindo pessoas da família para que nos informem se houve fatos anteriores ao crime que podem ajudar na resolução desse fato. Pois se tratava de uma família de ciganos, pessoas da mesma família”.

Além de ser líder em homicídios no país, com 6.659, quase o dobro do segundo colocado, a Bahia tem 9 das 15 cidades mais violentas do Brasil: as quatro primeiras, Jequié, Santo Antonio de Jesus, Simões Filho e Camaçari, mais Feira de Santana (9ª), Juazeiro (10ª), Teixeira de Freitas (11ª), Salvador (12ª) e Ilhéus (14ª).

Mesmo sem dar segurança aos baianos, a polícia do estado é a que masi mata no Brasil. As mortes registradas em operações policiais subiram de 315 em 2010 para 1.464 em 2022, um aumento de 365% nos últimos 13 anos, quando a Bahia foi governada por Jaques Wagner, Rui Costa. A média no país é de 238, 83% menor.

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