TJBA libera traficante e se arrepende

O STF fez uma alegada "trapalhada" e libertou um dos maiores traficantes do país, André do Rap. Depois voltou atrás, mas ele já tinha sumido e continua foragido. Agora foi a vez do Tribunal de Justiça da Bahia, que já tem vários desembargadores indiciados por trabalhar para bandidos, libertar outro.

No dia 3, o desembargador Luiz Fernando Lima ordenou a soltura de Ednaldo Freire Ferreira, o “Dadá”, um dos principais líderes de facção criminosa na Bahia. Algumas horas depois, o colega Julio Travessa revogou a ordem, a pedido do Ministério Público estadual.

Clero que, depois de solto, Dadá desapareceu e continua solto. O pedido acatado por Lima queria prisão domiciliar alegando que Dadá "tem um filho portador do transtorno do espectro do autismo". Segundo apuração do R7, em 2021 ele conseguiu a liberação, mas não ficou nem um dia cuidando do filho.

Em outubro, uma operação da Polícia Federal contra quadrilhas na Bahia prendeu Dadá novamente. A investigação descobriu como funcionava a hierarquia da facção, a função de cada um na quadrilha e que a maior aprte das ordens eram dadas de dentro dos presídios.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, criticou a decisão de soltura. "Líder da principal facção criminosa da Bahia foi solto no plantão judiciário por um desembargador, num domingo, às 20h42. Quando outro desembargador revogou, já era tarde. É normal? É aceitável?"

Nossa reportagem responde de forma simples e clara: não é normal nem aceitável. É suspeito e demanda uma investigação.

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sao pedro