Augusto defende sua reeleição na 98

O prefeito Augusto Castro avalia que, em Itabuna, o tabu da reeleição impediu que o município colhesse os resultados positivos de um governo de continuidade. Para ele, Vitória da Conquista, Ilhéus e Eunápolis são exemplos de cidades em que a reeleição permitiu o planejamento e a entrega de ações.

“Quando você tem um projeto de continuidade, você não tem paralisação em obras e ações no planejamento da cidade”, argumentou o prefeito, nesta segunda-feira, em entrevista ao Conexão Morena, da Morena FM, que está ouvindo todos os pré candidatos a prefeito.

Augusto Castro ressaltou que, nas eleições de 2024, será julgado pelo trabalho feito durante todo o mandato. “Eu quero que a população me julgue pelos quatro anos de realizações. E tem muita coisa a acontecer”, declarou, citando o fim do lixão, obras de infraestrutura e o Plano de Cargos e Salários do servidor.

Provocado pelo host Oziel Aragão a falar pelo "péssimo transporte". Augusto destacou que a passagem em Itabuna é bem mais barata do que em Salavador (R$ 5,20) e Ilhéus (R$ 4,80). "Em Itabuna nosso transporte público está a R$ 3,70. Eu não quero aumentar tarifa de maneira nenhuma", afirmou.

"O transporte não está bom, sei que não está bom, nem está me agradando. Eu não quero me antecipar aqui, tipo o profeito está fazendo promessa, mas vamos buscar um caminho para o transporte público. Não tem um prefeito que faça mágica com o transporte. Estamos buscando um caminho."

Na avaliação do prefeito, a política social é uma das marcas do governo, especialmente nos momentos mais difíceis da pandemia e da enchente de dezembro de 2021. Ele recordou que mais de 3.700 famílias receberam o Auxílio Recomeço, de R$ 3 mil, para lidar com as consequências mais urgentes do alagamento.

Augusto Castro também defendeu o legado do Recicla Itabuna, que deu fim ao lixão e inseriu os antigos catadores no projeto de coleta seletiva da cidade. “São com ações como essa que você mexe na vida das pessoas”, concluiu. Perguntado por Oziel Aragão, ele explicou o rompimento com o vice Guinho.

"No momento da campanha, o objetivo da parceria era vencer as eleições e isto foi conseguido. Depois, na hora de administrar, divergências aparecem. Guinho ajudou na secretaria. Houve naturalmente uma divergência na eleição para o estado, com o grupo dele com ACM Neto e eu com o governo do estado".

"A preocupação de quem está com a caneta é de realizar, não é de antecipar política. Desde o início da gestão, meu foco é realizar. Estou me colocando para a reeleição, mas meu foco é realizar", disse Augusto, destacando a limpeza do nome de Itabuna, "que estava sujo há muitos anos".

"Foi um casamento, lá atrás, com vista em ganhar a eleção e administrar a cidade. Quando voce muda o foco, o alinhamento, voce começa a ter divergências. Desde o início o nosso alinhamento foi com o governo estadual e nosso alinhamento político com o Rui, o senador Otto, o senador Wagner".

"Então ele se afastou, pediu exoneração da secretaria, de forma muito natural. Como uma ação política, não administrativa. Não houve crítica administrativa, da nossa gestão, até porque ele participou. Ele sabe que, dentro que propomos no plano de governo, nós executamos 65%", afirmou Augusto.

Oziel tocou no ponto de maior revolta no momento, que foi o aumento da Taxa de Fiscalização e Funcionamento, em muitos casos dobrando o valor. Ele destacou que empresas de porte estão avaliando sair da cidade por conta disso. Augusto lembrou que outras cidades fizeram uma atualização parecida.

Ele disse que antes existiam 12 mil pessoas isentas de IPTU e hoje são 40 mil. "As taxas de TFF são menores que Jequié, que Porto Seguro e Vitória da Conquista", alegou. "Ninguém quer cobrar. A gente precisa elevar a autoestima da cidade, sem onerar o empregador, o comerciante, o empresário".

O prefeito disse que está fazendo reuniões e será aplicado um desconto para ajudar. Ele aproveitou para lembrar a chegada de novos empreendimentos, como a Petro Bahia, "investimento de R$ 150 milhões", dois Atacarejos, Mix Matheus e o Atacadão. "Procuramos um caminho para poder gerar mais empregos".

Provocado por Adreyver Lima sobre possíveis traições de vereadores visando a eleição de 2024, Augusto desconversou e falou da independência dos poderes, da "sintonia em prol da cidade". A entrevista de Augusto foi antecipada porque Pancadinha, que seria o desta segunda, não quer participar das entrevistas.

O prefeito foi o terceiro pré-candidato ouvido na série de entrevistas do Conexão Morena, depois de José Nilton Azevedo e Chico França. A próxima entrevista será com a pré-candidata a prefeita pela Rede, Lisdeili Nobre, na segunda-feira que vem. O programa começa às 6 horas, em morenafm.com

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sao pedro