Bahia é quem mais mata negros no Brasil

A Bahia viu a letalidade das forças de segurança do estado crescer 300% em sete anos, segundo a pesquisa "Pele Alvo: a cor da violência policial", da Rede de Observatórios da Segurança, divulgada nesta quinta-feira. O levantamento compara 2015, quando 354 pessoas foram mortas pelas polícias baianas, com 2022, com 1.465 mortes.

Do total de mortos pela Polícia em 2022 na Bahia, 94,76% eram negros e 74,21% tinham entre 18 e 29 anos. Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do ano passado, os negros representam 80,8% da população baiana. A pesquisa não revela a cor dos policiais envolvidos, mas a maioria da corporação também é negra.

O levantamento constatou que, em 2022, na Bahia, as polícias mataram quatro pessoas a cada 24 horas. O maior número foi registrado em Salvador, com 438 mortes, seguida por Feira de Santana, com 86. O relatório conclui que a guerra às drogas é a principal motivação para as operações policiais na Bahia.

Segundo o estudo, a estratégia do estado afeta a vida das pessoas que vivem na periferia. Embora as drogas circulem em todos os bairros da cidade, são os moradores das áreas periféricas, onde o comando do tráfico se concentra, que sofrem os efeitos das operações antidrogas. O governo baiano se limitou a dizer que segue a lei.

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sao pedro