Baianos rejeitam punir os bandidos

Com direito a vexame baiano, o Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3780/23, que aumenta as penas para os crimes de furto, roubo, receptação de produtos roubados, golpes virtuais e latrocínio (roubo seguido de morte). O PL, do deputado Kim Kataguiri (UB-SP), foi aprovado por 269 votos a favor e 87 contra.

Entre os deputados que votaram contra aumentar a pena para bandidos está toda a bancada do PT. PCdoB, Psol e PSB, incluindo os baianos Alice Portugal, Bacelar, Ivoneide Caetano, Joseilton Ramos, Lídice da Mata e Zé Neto. "Eles acham importante proteger os marginais e não se importam com a segurança de seus próprios eleitores".

"Não é a toa que a Bahia, sob o PT, é o estado mais violento de todo o país, recordista de homicídios com mais do dobro do Rio de Janeiro, campeão em assassinato de jovens, de negros, de homossexuais e de mulheres. É uma vergonha ser supostamente representado por gente com essa filosofia", resume nosso editor, Marcel Leal.

A lei aumenta a pena de furto de um a quatro anos para dois a seis anos de prisão, aumentando se o crime for à noite. A pena para golpes virtuais passou de quatro a oito anos para até dez anos. Furto de animais domésticos e dispositivos eletrônicos ou informáticos, como celular, passa a custar 10 anos na cadeia.

O relator do PL, Alfredo Gaspar, afirma que a legislação brasileira é muito leve na hora de proteger o patrimônio e lembra que mais de um milhão de celulares já foram roubados. Ele é contrariado pelo deputado Glauber Braga, do Psol, que alega ser "uma ilusão" achar que penas maiores vão reduzir do crimes.

Kim Kataguiri, que já teve um avô vítima de latrocínio, diz que "Em homenagem a ele, quero deixar este projeto. Não é pobre que rouba, é mau-caráter. As penas atuais não são suficientes para coibir ações criminosas e, além disso, a progressão de regime de cumprimento de pena adotada não contribui".

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