França rejeita vice e critica Augusto

O pré-candidato a prefeito de Itabuna pelo PL, Chico França, afirmou que não está disposto a ter um papel secundário nas eleições municipais de 2024. O engenheiro civil disse que o partido pode decidir apoiar outro nome, mas não contará com ele para a posição de vice. “Não serei coadjuvante. Não serei vice".

"Abrirei mão para qualquer candidatura que o PL apoie, desde que o PL indique outro como vice. Já fui coadjuvante no governo de Fernando Gomes, vi que não deu certo. Não vou ser coadjuvante hoje nem amanhã”, disparou Chico França em entrevista ao Conexão Morena, da Morena FM, nesta quarta-feira.

O pré-candidato também falou da vontade de trazer o ex-presidente Jair Bolsonaro para um ato político em Itabuna. “Se eu tiver oportunidade, e estamos conversando nesse sentido, trarei Bolsonaro”, assegurou. França também criticou a aliança do PSDB com o prefeito Augusto Castro.

Ele lembra que os liberais aceitaram apoiar os tucanos em cidades como Juazeiro. “Como é que Roma e o PL apoiam o PSDB sem contrapartida?” questionou. Chico foi o segundo convidado da série de entrevistas do Conexão Morena com os pré-candidatos a prefeito de Itabuna. O próximo é Pancadinha, dia 13.

Chico França disse que resolveu ser candidato porque, "quando comparo com a Itabuna de ontem fico indignado. A cidade está sem futuro. Temos uma infraestrutura boa de educação, mas não há perspectiva de emprego, por isso estamos exportando talentos e isso prejudica a cidade".

Ele disse que é conservador nos costumes e nos atos. Questionado pelo host Oziel Aragão, ele disse que não ter experiência política "é até uma vantagem, já que na última pesquisa 47% dos eleitores disseram querer um nome novo e 27% um administrador. Sou as duas coisas".

Falando da Saúde, França afirmou que esteve no Hospital de Base e "está um caos, demoliram tudo. Um hospital que não tem nem remédios não devia derrubar o que está pronto e sim ampliar. Mas o principal é a rede de UBS, tem que ser tudo interligado via internet e contar com uma central de distribuição de medicamentos".

França disse ainda que "não adianta ter um posto de Saúde e não o medicamento". E que é preciso "exigir rigorosamente a presença dos profissionais. Das 17h às 10h é o pico da procura. Mas a pessoa chega lá e não encontra o médico. Se funcionasse bem, voce esvaziaria o Hospital de Base".

Perguntado por Andreyver Lima, o pré-candidato apoia as grandes festas, como o ItaPedro, "mas não gastando o que gastaram, R$ 7 milhões num evento só". França defende um calendário com vários eventos menores mas que atraem publico. Ele deu como exemplo um encontro de motos em Canavieiras, que lotou a cidade.

"Nós temos um celeiro cultural, muitos artistas. Por que não incentivar isso, com escolas de música, um circo, pequenos shows? A música traz cultura e lazer. Por que não fazer o teatro nos bairros?" defendeu França.que lembrou a importância da educação, cultura e lazer para a segurança da cidade.

Ele citou os exemplos de Cali e Medelin, na Colombia. "Lá, incentivaram o comércio na periferia, criaram boas escolas, áreas de lazer e os alunos tinham o trabalho ali próximo. Outro item importante na redução da violencia é a escola de tempo integral. O Caic é uma referência".

"Ele passou de violento para modelo com a adoção do padrão cívico-militar. O papel da Prefeitura e manter o local, mas ela não está fazendo. A quadra está fechada, a rampa de cadeirantes está interditada por falta de manutenção. A educação é tudo, foi o que me tirou da pobreza. Eu quero dar prioridade à educação e saúde".

O engenheiro destacou que a Prefeitura recebeu R$ 82 milhões para construir 697 casas, ainda no governo Bolsonaro, "mas nem comprou o terreno ainda. Augusto falou aqui no programa de 100 casas no Jacanã, mas elas não tem nada a ver com as relacionadas com a enchente. São de outro projeto".

França questionou a Educação em Itabuna, que tem nota do Ideb de 4,2, contra 5,2 de Vitória da Conquista, e fez um paralelo. "Aqui são 20 mil alunos e 2.000 professores, então tem um professor para cada grupo de 10 alunos. Em Conquista são 1 para 25. Tem verba, tem professores, por que não dá retorno?"

"A independência de qualquer pessoa passa pela Educação. O que eu tenho consegui com conhecimento", afirmou. Perguntado por Oziel, ele explicou que só ficou uma semana na Emasa, no governo de Azevedo, pela situação que encontrou, herdada da gestão de Fernando Gomes.

"Ela descontava o INSS do funcionaŕio e não recolhia, isso é apropriação indébita. E devia milhões à Coelba. Além disso, tinha outros problemas. Por exemplo, compravam hidrômetro a R$ 49. Eu liguei apra a Sabesp em São Paulo, me identifiquei como gestor da Emasa e eles disseram que compravam a R$ 11".

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sao pedro