Ilhéus corta aula, demite professores

A Secretaria de Educação de Ilhéus antecipou o fim do ano letivo das escolas municipais para 30 de novembro. Com isso, vai demitir cerca de 680 professores antes do final de 2023. Trata-se de uma prerrogativa da Prefeitura, já que os contratos são temporários. Mas a antecipação pegou os trabalhadores de surpresa.

Os alunos também serão prejudicados por receber menos aulas que o previsto legalmente. Além de cortar um mês de aula, a Prefeitura vai deixar os professores sem o salário de dezembro. O professor Marcelo Polegar, membro da associação dos contratados da Educação, falou ao Jornal das Sete, da Morena FM, sobre o impacto da decisão.

"O ano letivo já começou atrasado, em abril. Turmas ficaram sem aula. E, agora, ainda vão acabar as aulas antes. Não vão completar os 200 dias letivos" exigidos pela legislação. Segundo o professor de Filosofia, os prejudicados deveriam se reunir para cobrar uma intervenção do Ministério Público no caso.

"O correto mesmo era todos esses alunos, os pais de alunos, professores, irem no Ministério Público, encher o Ministério Público de denúncias, já que não está resolvendo. E a gente aqui, da Atraduc, vem colocando representações no MP desde dezembro e não estamos obtendo resposta".

Segundo a Prefeitura de Ilhéus, o fim antecipado do ano letivo se deve à queda das receitas do Fundo de Participação dos Municípios em 2023. Porém, as verbas da Educação são repassadas pelo governo federal independente do FPM.

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sao pedro