Jornalistas foram cúmplices do Hamas

O governo de Israel pediu explicações à rede de televisão CNN, às agências de notícias Associated Press (AP) e Reuters, e ao jornal New York Times. O motivo foi a prova de que quatro fotógrafos que trabalham para eles entraram em Israel junto com os terroristas no ataque do dia 7 de outubro.

Para Israel, os jornalistas que estavam ao lado dos criminosos do Hamas, que mataram e raptaram centenas de cidadãos israelitas e estrangeiros, "ultrapassam todos os limites, profissionais e morais". No X, o ex-vice-primeiro-ministro Benjamin Gantz equiparou os profissionais aos terroristas.

"Os jornalistas que sabiam do massacre e ainda assim optaram por permanecer como espectadores ociosos enquanto crianças eram massacradas não são diferentes dos terroristas e devem ser tratados como tal", escreveu na manhã desta quinta-feira (9).

A revelação do conluio de jornalistas com terroristas foi da organização Honest Reporting, que analisa a forma como a imprensa cobre Israel. "Quatro nomes aparecem nos créditos fotográficos da AP na área fronteiriça entre Israel e Gaza em 7 de outubro: Hassan Eslaiah, Yousef Masoud, Ali Mahmud e Hatem Ali".

Os quatro repórteres fotográficos trabalham em regime freelance com várias organizações. Na invasão, eles não usaram os coletes à prova de bala com a indicação ‘imprensa’, como é a regra em guerras e conflitos. Eslaiah, por exemplo, tirou fotos de um tanque israelita em chamas e de infiltrados no Kibbutz Kfar Azza.

As imagens foram apagadas por Eslaiah de sua rede social, mas a Honest Reporting já tinha capturado os prints. "Ele não usava colete de imprensa nem capacete e a legenda em árabe no ‘tweet’ dizia: "Ao vivo de dentro dos assentamentos da Faixa de Gaza". Eslaiah aparece ainda com o líder do Hamas, Yahya Sinwar.

A Direção de Diplomacia de Benjamin Netanyahu considerou que "estes jornalistas foram cúmplices de crimes contra a Humanidade". A AP alegou que "não sabia", mas usou as imagens. "A AP usa fotos de ‘freelancers’ de todo o mundo, inclusive de Gaza", disse a representante Nicole Meyer.

A Reuters também negou ter tido conhecimento prévio da ação do Hamas. "A Reuters adquiriu fotografias de dois fotógrafos ‘freelance’ baseados em Gaza, que estavam na fronteira na manhã de 7 de outubro, com quem não tinha um relacionamento profissional anterior", afirma.

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sao pedro