Prefeito responde ação com baixaria

Depois da briga de socos na Cãmara de Ilhéus, a baixaria parece ter se espalhado para outras cidades. O vereador de Jussari Simão Lucas acusa o prefeito Antonio Valete (foto) de tê-lo ofendido em praça púiblica no domingo. “Ele chegou na praça e começou a provocar. Depois disse que iria me dar uns tapas e me chamou de ‘corno'”.

Simão afirma que Valete estava "descontrolado" e "teve que ser contido por outras pessoas, que o levaram para casa". O clima tenso entre os dois é recente. No passado, os colegas do PSD eram aliados e o vereador comandou a Secretaria de Administração no mandato anterior, de 2017 a 2020.

A própria eleição para vereador teve o apoio de Valete. Depois se afastaram, mas a maior raiva veio depois que Simão enciou denúncia ao Ministério Público sobre irregularidades em contratos da Prefeitura. "Meu trabalho na Câmara de Vereadores, com denúncias fundamentadas, desestabilizou o prefeito".

A confusão continuou no dia segunte, quando o vereador esperou por Valete na porta da Prefeitura. Ao perguntar por que o tinha chamado de corno, ouviu que "você anda me chamando de ladrão, você é corno mesmo”. Simão diz que “minha esposa tem mais de 20 anos de funcionária pública. Ele não pode agir dessa forma".

A denúncia enviada ao MP, que parece ter sido o estopim da agressão, diz que em 2022 a Prefeitura de Jussari contratou a Persona Construtora e Serviços, que seria fantasma. "No endereço de seu registro funciona uma mercearia", diz a representação. Depois, Valete contratou a L Rosa Santos Eirelli.

Esta segunda alugaria as máquinas que a primeira usaria, com os dois contratos somando R$ 726.018. A Prefeitura alegta que os serviços foram executados, mas não explica a situação legal da Persona Construtora.

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