Preso político não estava na Esplanada

O empresário Clériston Pereira da Cunha (46), o Clezão, que foi acusado de depredar prédios públicos e intentar um golpe de Estado, antes de morrer em virtude de comorbidades agravadas durante o período em que esteve sob a tutela do Estado, na Papuda (DF), sequer estava na Esplanada no momento.

A prova de que entre 15h40 e 16h – horário em que as manifestações explodiram na Esplanada - Clériston estava trabalhando consta nos autos do processo em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). São imagens do circuito de segurança da distribuidora pertencente à família. O Diário do Poder teve acesso a peça.

“No dia do fatídico, este se encontrava trabalhando até momentos antes de toda a ação, conforme imagens de monitoramento de sua Distribuidora (em anexo), o que é apto a comprovar que este é cidadão de bem, e não possui vínculo com atividades ilícitas”, escreveram os advogados de defesa.

A defesa segue argumentando que o ônibus que conduziu o empresário com a sua família só chegou à Esplanada “após os atos de vandalismo dos quais o acusado não tomou parte”. No momento em que foi preso, Clezão havia entrado no Senado para se proteger da ação policial com gás de pimenta e balas de borracha.

“Até mesmo o ilustríssimo representante do Ministério Público Federal foi consciente em afirmar que não tem provas de que o denunciado estava na esplanada”, afirmou a defesa em referência ao parecer da Procuradoria-Geral da República, que recomendou a soltura.

Os advogados ainda apontaram os problemas de saúde pelos quais Clériston foi ‘sentenciado a morte’ mediante a omissão do Supremo em atender a recomendação da PGR para que respondesse em liberdade. Pelo menos três laudos médicos mostravam que o preso tinha problemas cardíacos. Com Diário do Poder

21:28  |  


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sao pedro