Exército negociou com os traficantes

O Exército brasileiro atingiu o fundo do poço em credibilidade com a revelação de que teve que negociar com traficantes do Comando Vermelho para ter de volta as armas roubadas de um quartel. A entidade parece não ter mais condições nem de garantir a segurança dos próprios quarteis, nem de enfrentar bandidos.

O inspetor Christiano Gaspar Fernandes detalhou, em depoimento, como foi a operação para recuperar as 21 armas furtadas de dentro de uma base do Exército em Barueri, São Paulo. Segundo o inspetor, a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Exército negociaram com membros do Comando Vermelho.

Só assim houve a devolução das metralhadoras, segundo o portal Metrópoles. Ele conta que as autoridades repassaram informações privilegiadas de uma operação que ocorreria na Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro, em troca da devolução das armas. Ou seja, o Exército auxiliou e protegeu o tráfico.

No dia 19 de outubro, a Polícia Civil anunciou que “encontrou” parte das armas, mas ninguém foi preso. O colaborador seria o traficante de armas “Jesser”, conhecido como “Capixaba”. A Polícia Civil do Rio não se manifestou sobre as informações publicadas pelo portal e o Exército negou as negociações.

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