Invasão de 'índios' termina com morte
A Bahia passou o fim de semana com um grave conflito armado no campo. No sábado, um grupo de supostos indígenas invadiu uma fazenda em Potiraguá, no sudoeste baiano, alegando que é "terra indígena". No domingo, fazendeiros se uniram para retomar a terra, foram recebidos com tiros e revidaram.
No confronto, três "índios" foram baleados e alguns fazendeiros feridos. Os "índios" também incendiaram dois carros dos fazendeiros que tentavam expulsar os invasores da fazenda Esmeralda. Na semana passada, os "índios" ameaçaram tomar outras fazendas na área, inclusive uma de Geddel Vieira Lima.
No confronto de domingo, Maria Fátima Muniz de Andrade, conhecida como "Nega Pataxó", foi atingida, assim como o cacique Nailton Muniz Pataxó, da aldeia Caramuru-Catarina Paraguassu. Ele passou por cirurgia no Hospital Cristo Redentor, em Itapetinga, e não se sabe seu estado de saúde. Maria faleceu.
Um fazendeiro também está internado com ferimentos graves. Dois outros foram presos sob suspeita de fazer os disparos que atingiram os autodeclarados índios. Os que foram feridos pelos "índios" deram queixa na delegacia, que iniciou uma investigação. A fazenda não faz parte de nenhuma reserva.
O clima continua muito tenso, com ameaças de novas invasões e avisos de que serão combatidos. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) se colocou ao lado dos supostos índios e prometeu medidas contra os fazendeiros. Desde o primeiro governo petista, os produtores não têm segurança em suas terras.
Apesar de legalizadas há muitas décadas, as fazendas viraram alvo dos autodeclarados índios desde a chegada do PT ao governo do estado, em 2008. A lei, decretada por Lula, que permite a qualquer pessoa se autodeclarar índio fez com que a população indígena se multiplicasse por 20 vezes em poucos anos.
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