Itabuna debate situação de refugiados

A chegada de muitos refugiados da Venezuela, que sofre com uma ditadura de esquerda, fome e miséria, trouxe alguns problemas para Itabuna. Cidade normalmente acolhedoura, ela tem abrigado as famílias, que são atendidas pela Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza.

Nesta segunda, o Comitê Intersetorial de Refugiados, que envolve várias secretarias, se reuniu para discutir algumas situações específicas. Ficou decidido que haverá uma fiscalização nos semáforos para evitar que crianças peçam esmola e a equipe da Patrulha do Som vai coibir os abusos sonoros.

A Secretaria de Segurança e Ordem Pública tem sido acionada por moradores que relatam som abusivo por parte dos refugiados. Foi decidido ainda que haverá visitas mais frequentes ao abrigo da Mangabinha, em diálogo com os caciques dos refugiados, que são indígenas.

Itabuna está acolhendo 52 venezuelanos indígenas Warao, que chegaram à cidade em busca de melhores condições de vida. A assistência inclui alimentação, atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, educação e moradia com o acolhimento das famílias no antigo Colégio Antônio Carlos Magalhães, no Mangabinha.

“Nessa etapa, precisamos também do apoio de um representante da Funai e do Conselho Nacional para Refugiados, para não infringir direitos humanos internacionais, porque eles têm cultura diferente”, ponderou o secretário municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza, Josué Brandão Júnior.

A defensora estadual Aline Müller lembrou que todos os venezuelanos têm pedido de refúgio mas apenas um já teve a condição reconhecida pelo Governo Federal. “Eles estão como solicitantes, mas ainda será avaliado se cumprem os pré-requisitos para serem refugiados".

Júnior Brandão ressalta que não há desejo de tirar os refugiados de Itabuna, mas é preciso que sua permanência não traga problemas para a comunidade. Existem reclamações do uso de drogas, agressão e bebedeira pelos refugiados, mas Brandão diz que só há denúncia formal do consumo de álcool.

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sao pedro