Oposição exige respeito ao Congresso

Líderes do Senado se reuniram na manhã desta quarta-feira com o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Eles cobraram uma posição em defesa do Legislativo, após operações policiais contra parlamentares da oposição nos últimos dias, que incluíram buscas em gabinetes.

O pedido por uma articulação conjunta com a Câmara para avançar com a votação do fim do foro privilegiado foi o principal encaminhamento. Um documento foi entregue para formalizar o pleito e Pacheco ficou de responder à liderança da oposição no Senado sobre a reivindicação.

A perseguição a lideranças de direita que lideram intenções de votos para as eleições deste ano continua. O deputado federal André Fernandes (PL-CE, na foto) foi intimado nesta quarta-feira pela Polícia Federal em um inquérito que apura a suposta inserção de dados falsos no sistema da Justiça Eleitoral.

A ação foi aberta alegando que o parlamentar se declarou “pardo” nas eleições de 2018 e “branco” no pleito de 2022. Dezenas de políticos da esquerda mudaram sua descrição racial no pleito de 2022, como os deputados Rosemberg Pinto, Lídice da Mata e Alice Portugal, só para ficar em exemplos da Bahia.

André Fernandes deve ser ouvido pela PF entre os dias 19 e 23 de fevereiro. Ele é vice-líder da oposição na Câmara e pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza (CE), onde lidera as pesquisas. Outros parlamentares de oposição foram alvo da PF em menos de um mês. Em comum, a liderança em pesquisas eleitorais.

No dia 18 de janeiro, o deputado federal e líder da oposição na Câmara Carlos Jordy (PL-RJ), foi alvo da PF, que cumpriu dez mandados de busca e apreensão no âmbito da 24ª fase da Operação Lesa Pátria. Jordy lidera a corrida para a Prefeitura de Niterói (RJ). Seu gabinete sofreu buscas.

Jordy, que nem estava em Brasília, foi incluído pelo ministro Alexandre de Moraes no inquérito ilegal sobre o 8 de janeiro. O objetivo da operação é "identificar mentores intelectuais, financiadores e incitadores de atos de vandalismos ocorridos entre o fim de outubro de 2022 e janeiro de 2023".

No dia 25 de janeiro, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi alvo da PF no âmbito da Operação Vigilância Aproximada, que investiga uma organização criminosa que teria se instalado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas.

Assim como André Fernandes e Carlos Jordy, Ramagem é pré-candidato a prefeito, do Rio de Janeiro (RJ), e lidera as pesquisas. O parlamentar foi diretor-geral da Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e já não estava no cargo quando o fato gerador da ação acontreceu.

Na segunda-feira (29), a PF cumpriu mandado de busca no gabinete e em endereços do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), por "suspeitas do uso de um programa de espionagem do órgão para monitoramento de autoridades e de pessoas sem autorização da Justiça e com interesses pessoais e políticos".

Por "coincidência", a busca foi ordenada no meio da madrugada, em pleno recesso da Justiça, logo depois que uma live do presidente Bolsonaro e os filhos quebrou recordes de audiência, um dia depois de uma live de Lula ter fracassado com menos de 5 mil pessoas. A de Bolsonaro já foi vista por 4 milhões de pessoas. Com Diário do Poder

18:08  |  


Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.

     


sao pedro