SC e PR combatem surto de dengue

Santa Catarina apresentou o cenário epidemiológico da dengue, que já registra 900% mais casos em comparação com o ano passado. O estado já tem 4.043 casos prováveis de dengue e um óbito pela doença confirmado. Além disso, foram identificados mais de 5 mil focos do Aedes aegypti em 186 municípios.

O governo anunciou a integração das pastas do governo, com o objetivo de auxiliar no enfrentamento das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O Grupo de Ações Coordenadas (GRAC) passa a se reunir semanalmente a partir da próxima semana, explicou o governador Jorginho Mello.

“Estamos nos antecipando. Em 2023, trabalhamos muito no combate à dengue e começamos no mês de março, quando os casos começaram a aumentar. Mas, percebemos que neste ano vai ser preciso começar agora em janeiro. O calor e as chuvas contribuem para o aumento dos casos e precisamos unir esforços".

"Além dos repasses que estão previstos, toda a estrutura de governo vai se envolver nessa prevenção. Um exemplo disso é o Detran, que vai assinar com o Tribunal de Justiça um termo para esvaziar os depósitos de carros pelo estado”, destacou o governador.

A secretária de Saúde Carmen Zanotto destacou que Santa Catarina não está isolada no combate à doença. “O país inteiro vive o aumento de casos da dengue. Mas o poder público não vai dar conta sozinho. Todos precisam fazer a sua tarefa, de eliminar os criadouros do mosquito".

No Paraná, foram registrados três óbitos e 16.693 casos confirmados de dengue. O governador Ratinho Junior anunciou que trinta municípios vão receber o primeiro lote da vacina contra a dengue enviado pelo Ministério da Saúde. Serão 21 municípios da regional de Londrina e nove da de Foz do Iguaçu.

Inicialmente o público-alvo é o de crianças de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações pela doença, depois dos idosos, que ainda não têm indicação de vacinação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Paraná, a estimativa é de 86.836 pessoas no público-alvo.

“A vacina é muito bem-vinda e vai ajudar na redução do número de casos confirmados e mortes pela doença. Mas temos outras regiões, como Jacarezinho, Apucarana, Maringá e Paranavaí, que enfrentam grande epidemia de dengue", afirmou o secretário de Saúde Beto Preto.

As regiões priorizadas são aquelas com mais de 100 mil habitantes, alta transmissão da dengue e com predominância do sorotipo DENV-2, como Londrina e Foz do Iguaçu. A vacinação deve iniciar em fevereiro, segundo a previsão do Ministério da Saúde, que ainda não informaou a quantidade de doses e a entrega.

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