Video desmente a versão do assassino

João Wagner Madureira, o Cenoura, se apresentou à Polícia Civil, em Ilhéus, e confessou a autoria do disparo que matou Fernanda Santos Pereira, de 23 anos. O crime foi cometido na madrugada de quinta-feira, no Posto Renascer, ao lado da Praça Cairu, na mesma cidade.

Soldado da Polícia Militar, ele teria alegado que os tiros contra Fernanda foram acidentais, algo improvável por se tratar de dois. Um dos disparos acertou a cabeça da vítima, que morreu horas depois em um hospital. Outro disparo atingiu a porta de um armário do posto de combustíveis.

Após o depoimento, o policial foi liberado, já que não foi preso em flagrante e não havia mandado de prisão contra ele. A Polícia Civil não informou se pediu ou não que o investigado fosse preso. Segundo fontes, Cenoura afirmou que foi ao encontro de Fernanda para reaver a chave de um imóvel.

Porém, a defesa dele tinha afirmado que o PM não conhecia a vítima. A contradição deve ser investigada pela polícia. Segundo Cenoura, como a vítima estava acompanhada por homens, o policial à paisana decidiu sacar uma arma para conversar com a mulher. Mas o vídeo mostra ela sozinha e ele já com a arma.

Por ser um documento sigiloso, ainda não é possível saber o que o soldado disse sobre o chute que ele deu na vítima. A agressão foi filmada por uma câmera de segurança, assim como o momento em que Fernanda é baleada na cabeça e cai desacordada. As imagens desmentem as alegações do acusado.

O agente de trânsito Danilo Cruz, que matou a esposa a tiros em Ilhéus no final do ano passado, não teve a mesma sorte que Cenoura. Danilo foi detido em flagrante e está preso de forma preventiva. Ele pediu um Habeas Corpus ao Tribunal de Justiça da Bahia, mas o pedido foi rejeitado nesta segunda-feira.

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