Chanceler cobra Lula por fala nazista

Declarado persona non grata em território israelense por causa de sua declaração antissemita contra o Estado de Israel, no domingo, o chefe de estado Lula da Silva (PT) voltou a ser cobrado por uma retratação, nesta terça-feira, pelo ministro israelense de Relações Exteriores, Israel Katz.

No X, o chanceler reagiu à crítica do petista por ter usado o idioma hebraico na reprimenda e disse, em português, que a comparação feita pelo antisemita, entre a guerra de Israel contra terroristas do Hamas na Faixa de Gaza e o Holocausto nazista, é “promíscua, delirante e um cuspe no rosto de judeus brasileiros”.

"Como ousa comparar Israel a Hitler?” escreveu. A mensagem prossegue citando o que o regime nazista de Adolf Hitler fez, ao matar seis milhões de judeus, na 2ª Guerra Mundial, na Europa. E provocou o petista sobre não ser tarde para aprender história e pedir desculpas.

Katz lembrou que o ditador alemão levou milhões de judeus para guetos, roubou suas propriedades, os escravizou e, depois, com brutalidade sem fim, começou a assassiná-los sistematicamente. “Primeiro com tiros, depois com gás. Uma indústria de extermínio de judeus, de forma ordeira e cruel”, relatou.

O chanceler destacou que Israel faz, em Gaza, o contrário do que Lula disse sobre a reação do governo de Benjamin Netanyahu à invasão do território israelense por terroristas do Hamas, que mataram mais de 1.400 mil civis (foto) em 7 de outubro de 2023, de forma covarde e bárbara.

“Israel embarcou numa guerra defensiva contra os novos nazistas que assassinaram qualquer judeu que viam pela frente. Não importava para eles se eram idosos, bebês, deficientes. Eles assassinaram uma garota em uma cadeira de rodas. Eles sequestraram bebês. Se não tivéssemos um exército, eles teriam assassinado mais dezenas de milhares”, diz Katz.

A vexatória reprimenda de Israel a Lula e ao Brasil foi feita pelo chanceler israelense, em pleno Museu do Holocausto, ao embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer. Mas não mudou a postura do antisemita Lula, que não pretende se retratar e chamou Meyer de volta ao Brasil. Um gesto que não contém a crise.

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sao pedro