Roma denuncia "sumiço" de relatório

O presidente do PL na Bahia, João Roma, criticou a criação de uma narrativa que responsabiliza produtores rurais pelos conflitos de terras na Bahia, inclusive como culpados pela morte de uma indígena durante confronto em Itapetinga, no sudoeste baiano.

Roma denunciou o “sumiço” de um relatório da Polícia Militar que atestava que, naquele domingo (21), o primeiro disparo com arma de fogo partiu dos criminosos invasores. “Eu vi que a Polícia Militar da Bahia retirou do ar, do seu link, o laudo da polícia, um laudo técnico, sobre o que ocorreu no sudoeste baiano".

Roma questinou “como é que isso está sendo abordado? Uma propriedade foi invadida. Então, se pegar pelo mesmo princípio, como é que seria? Não teria que ser desinvadida essa propriedade? Então parece, quando se olham as notícias, que os proprietários estavam lá invadindo terras indígenas”.

Roma foi categórico sobre a hipótese de invasão pelos proprietários: “Não foi isso o que ocorreu. A área em questão, inclusive, não é passível de desapropriação, não faz parte de delimitação ou questionamento, com laudo da Funai, inclusive”. Ele criticou a omissão do Estado em todas as suas esferas.

“Na hora que você vê uma omissão do Estado gera, óbvio, uma reação, pois quem está lá não quer perder o que é seu, que foi conquistado muitas vezes há gerações. Quando observa a notícia parace que foi uma coisa justamente ao contrário do que ocorreu".

"Então é disso que resulta essa insegurança jurídica, a omissão do Estado de forma lato sensu. Você começa a não enxergar as regras claras. Quando não há regras claras, começam a ocorrer convulsões sociais que são péssimas para o Brasil”, avaliou João Roma.

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