Situação do Brasil é denunciada no CPAC

O CPAC 2024, reconhecido como o maior congresso conservador do mundo, encerrou no sábado (24), em Washington, incluindo, pela primeira vez, uma cúpula internacional. A reunião, que teve a presença da União Conservadora Americana (ACU) e delegados de diversos países, aprovou três resoluções globais.

“Condenamos as táticas de estado policial de Xi Jinping, Lula da Silva e Joe Biden. Condenamos todas as suas iniciativas para silenciar, assediar juridicamente e aprisionar seus principais oponentes políticos. Esses são crime de interferência eleitoral”, diz o documento, lido pelo presidente da ACU, Matt Schlapp.

Schlapp também fez uma referência especial ao presidente Jair Bolsonaro, mencionado com Donald Trump e Jimmy Lai (empresário de Hong Kong que defende a democracia e foi preso pela China). “Queremos emprestar nossa voz contra a perseguição jurídica travada contra eles.”

O congresso reuniu grandes nomes da direita mundial, incluindo o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e o atual dirigente da Argentina, Javier Milei. Na sua fala, Eduardo denunciou os abusos do Judiciário brasileiro, que prende e persegue opositores sem respeitar o devido processo legal.

"Idosos, mulheres grávidas e até crianças acusadas de serem terroristas, de terem tentado um golpe armado. Mesmo que nenhuma arma tenha sido empregada, o sistema judicial totalitário criou, com a ajuda da mídia tradicional, a narrativa de que essas pessoas comuns eram uma ameaça ao Estado brasileiro".

"E esse clima persecutório se expandiu com a censura e perseguição a críticos do atual governo. E, sob a desculpa de preservar a democracia que já não existe, estes tiranos esmagaram a oposição política no país", disse o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O deputado mencionou, ainda, o caso de FIlipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, que está preso desde 8 de fevereiro por supostamente participar de reuniões para "discutir a tentativa de golpe de estado" que jamais existiu. Ele ainda citou outros dois exemplos de pessoas perseguidas.

Um foi Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A outra foi o comerciante Cleriston Pereira da Cunha, também conhecido como “Clezão”, que morreu enquanto aguardava julgamento por participação no 8 de janeiro. Vídeos mostram que ele estava em sua loja durante a manifestação.

O discurso ressaltou a perseguição a jornalistas críticos à situação, como Allan dos Santos, Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo, e lembrou do caso de seu pai, que sofre uma série de processos e se tornou inelegível, além de estar sob constante risco de prisão.

Os líderes do CPAC também incluíram em sua declaração conjunta uma mensagem de desaprovação à Organização Mundial da Saúde. Conforme o documento, a OMS segue a “opressiva agenda da elite global, que representa um ataque às comunidades, às famílias e à religião”.

“Encorajamos todos os países amantes da liberdade a seguir a liderança do presidente Donald Trump e caminhar na direção de uma saída da OMS, ou não mais financiá-la”, afirmou o líder do CPAC. A defesa do Estado de Israel foi o foco da última e terceira resolução.

Ele foi descrito como “o único país do Oriente Médio a dar exemplo de valores como liberdade, justiça e livre-arbítrio”. O fórum, além de condenar os atos antissemitas contra estudantes e outros grupos judaicos, apela a Joe Biden para que ele “dê um fim na crise dos reféns e elimine os terroristas financiados pelo Irã”.

“Temos uma diplomacia real aqui, uma cooperação internacional. Estamos mandando uma mensagem para o mundo”, disse Matt Schlapp, ao anunciar as resoluções. Com Diário do Poder.

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sao pedro