Bahia faz última vacinação de aftosa

A última Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa na Bahia foi antecipada para 1º a 30 de abril e será histórica. Isso porque será a última, depois de 146 campanhas de imunização dos rebanhos bovino e bubalino, estimados em cerca de 13 milhões de cabeças em todo o território baiano, o 7º maior do país.

Desde 1968 os produtores vacinam seus rebanhos na Bahia e, nos últimos 20 anos, os índices vacinais estiveram acima dos 90%. Não só a Bahia, mas o Brasil avançou significativamente no controle da febre aftosa. Por isso, a partir de 2 de maio, a vacinação será suspensa em 17 estados e no Distrito Federal.

Foram reconhecidos como regiões livres da doença, sem a necessidade de vacinação, além da Bahia, os estados do Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.

A comercialização e armazenamento de vacinas contra a febre aftosa serão proibidos, exceto em locais autorizados pelo Serviço Veterinário Oficial para venda a unidades federativas que ainda vacinam seus rebanhos. A portaria também suspende a compra de novos animais para aumentar o rebanho.

Ainda impede o comércio entre os estados, até que a Organização Mundial de Saúde Animal conceda o reconhecimento oficial do status sanitário. Durante esse período, apenas a aquisição de animais de zonas livres da doença com vacinação será permitida para fins de abate ou exportação.

Para esta última etapa histórica, a expectativa da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) é vacinar 100% do rebanho. Os produtores terão até 17 de Maio para declarar a vacinação e informar a geolocalização das propriedades pelo site www.adab.ba.gov.br ou em um dos 376 escritórios da Adab.

“Haverá uma economia direta de, aproximadamente, R$ 100 milhões por ano com vacinas e manejo do rebanho, além de outros benefícios, com a ampliação do parque agroindustrial e agregação de valor às exportações com abertura de novos mercados”, destaca o diretor geral da Adab, Paulo Sérgio Luz.

Antes mesmo do início da última vacinação equipes da Adab já estão executando a vigilância sorológica, visando demonstrar a ausência do vírus da Febre Aftosa na Bahia. O objetivo é comprovar que a Bahia tem condições para pleitear a Certificação Internacional de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação.

Na década de 1990, o combate à aftosa se intensificou em todo o país, sob a orientação do MAPA e, na Bahia, a participação dos produtores foi fundamental. O último foco da doença registrado no estado foi em 1997, no município de Jussari.

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