Itabuna pode até desistir da Série D

Ainda na ressaca do rebaixamento no Baianão, o presidente do Itabuna, Rodrigo Xavier, negou a existência de dívida de R$ 3 milhões com o Grupo Amoedo, que desistiu da parceria na SAF do clube. Segundo ele, a cifra teria sido inventada por jornalistas de uma emissora de TV. "É fake news".

A explicação foi dada no programa Conexão Morena, da Morena FM, onde Rodrigo disse que o Grupo Amoedo bancou despesas do clube, em 2022 e 2023, de R$ 1,8 milhão. O acordo da SAF previa que parte desse dinheiro, R$ 800 mil, seria convertida em 23% das ações para o Grupo Amoedo.

A conversão foi aprovada em assembleia. Depois, o grupo manifestou interesse em converter R$ 1 milhão em uma nova fatia da SAF. Mas, conforme Rodrigo, isso iria transformar a parceria em uma venda. Por isso, a nova proposta deveria ser apreciada pelos sócios em outra assembleia.

No entanto, antes da votação, Leonardo Amoedo comunicou a saída do negócio "devido a divergências irreconciliáveis no modelo de gestão da SAF e composição dos investimentos futuros". Para o host do Conexão, Oziel Aragão, é difícil acreditar que um empresário coloque R$ 1 milhão sem esperar retorno.

Segundo Rodrigo, além de não existir acordo sobre ressarcimento do Itabuna ao Grupo Amoedo, o próprio Leonardo Amoedo teria dito que que não há dívida a ser paga. Com ou sem mais essa conta, o Itabuna corre para reformular o elenco até o início da Série D do Brasileiro, em abril. E pode desistir do torneio.

O diretor Ricardo Xavier explicou que os jogos fora são bancados pela CBF. Porém, os jogos em casa, na verdade no estádio Mário Pessoa, na vizinha Ilhéus, custam muito caro. "Tem bombeiros, catreiros, taxas, transporte, gerador, bilheteiro..., e não tem arrecadação suficiente". O maior público foi de 700 pessoas.

"Nós gastamos, só em viagens, uns R$ 60 mil. No dia a dia, em salários são mais de R$ 200 mil, R$ 600 mil em três meses; e em alimentação, R$ 100 mil neste período". Cada viagem dentro do estado custa cerca de R$ 15 mil, conta Ricardo, lembrando ainda de transporte e inscrição de atletas, entre outros.

O Itabuna só tem para receber cerca de R$ 787 mil pela participação na Copa do Brasil, que chegam aqui R$ 550 mil, já descontadas taxas e impostos. Mais R$ 200 mil líquidos da TVE e R$ 200 mil da Emasa, dos quais foram pagos R$ 50 mil. "A Embasa prometeu, foi divulgado em todo canto, mas até hoje não recebemos".

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sao pedro