Leo Cavalcanti mostra disco de graça

O cantor e compositor Leo Cavalcanti vai lançar seu novo disco, “Canções em Chamas”, no dia 28 de março, pela gravadora Deck. Antes disso, no domingo 24, às 18h, ele recebe o público no Teatro Cambará da Casa Rosa para uma audição em primeira mão do álbum completo. A entrada é gratuita, sujeita à lotação.

“Canções em Chamas é a fogueira musical que alimento há tempos no campo do desejo, do sonho e do trabalho. É um álbum que estou elaborando desde que vim morar em Salvador, no final de 2017”, diz o paulista. “Queria fazer um álbum que expressasse a intensidade desses tempos abissais, de tantas urgências, desafios e transformações aceleradas".

"Me fazia (e ainda me faço) as seguintes perguntas: num momento da humanidade em que nos deparamos com o horror da desigualdade social cada vez mais aprofundada; do aquecimento global e suas péssimas perspectivas de futuro para nós; da ascensão do neofascismo aqui e acolá; do machismo e racismo estruturais que seguem nos corroendo – quais são os cantos que quero e preciso cantar?"

"O que meu canto quer dizer? O que é fazer arte hoje num Brasil em chamas? Qual o sentido de fazer música, hoje, para mim? Perguntas essenciais, cujas respostas só eu mesmo posso encontrar”.

Muitas das canções evocam diversas qualidades do fogo. Ele fala de amor, de dor, de Salvador, do Brasil, de abismos, de desejo, de tesão, de potência, de luta, de movimento, de mistério. As chamas são eróticas, políticas e, inevitavelmente, queimam com as angústias de nossos tempos.

Musicalmente, surge um pop cheio de pulso e sem muros, em que o artista retoma seu lugar como produtor musical e arranjador. Em algumas faixas, há a coprodução de Enio ou de Sebastian Notini. A faixa “Nós Nus”, cantada junto com Caetano Veloso, foi lançada como single em janeiro.

“É uma honra difícil de traduzir em palavras. Ouvir Caetano cantando os versos foi e é uma das maiores emoções da minha vida. Essa canção, erótica e romântica e também existencialista, disserta sobre o estar nu – consigo mesmo e com o outro".

"Foi inevitável achar que tinha tudo a ver com ele e uma ousadia minha que deu certo: convidar Caetano para participar e ele aceitar”, descreve Leo. Os também baianos Hiran e Josyara completam a lista de cantores que fazem participações especiais.

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sao pedro