Rádio passa tv aberta e redes sociais
Estudo da renomada empresa de pesquisas Nielsen revelou que, em 2023, o público total do rádio passou o da televisão pela primeira vez na história. Agora, um ano depois, a vantagem, que era de 3%, subiu ainda mais, para 12% sobre a audiência televisiva.
A pesquisa de audiência, feita com a faixa etária de 18 a 49 anos, mostra que o rádio alcança 40% mais pessoas que a TV e conta com um tempo médio semelhante, de pouco mais de uma hora. O apelo da TV neste público caiu significativamente, com -29% no alcance semanal e -62% no tempo diário desde 2018.
"Isso não é novidade e acontece também no Brasil, onde a tv aberta vem ladeira abaixo desde 2000, enquanto o rádio manteve sua dominância e ainda aumentou na pandemia. Ele foi muito beneficiado pela internet, que ampliou seu alcance e audiência," analisa Marcel Leal, CEO da Morena FM, primeira emissora no Brasil a transmitir online 24h ao vivo, em 1996.
O estudo da Nielsen comprova que o rádio continua sendo o meio de comunicação mais difundido nos EUA, ultrapassando as redes sociais, vídeos online, dispositivos de TV conectados à internet e TV tradicional entre adultos. "O rádio é o único que pode ser usado sem exclusividade de atenção," lembra Marcel.
Um outro estudo, o Share of Ear, da Edison Research, abordou o consumo de áudio com comerciais e descobriu que só 4% ouvem conteúdo do Spotify com anúncios, contra 64% que consomem rádio comercial. Ele tem 68% do mercado de áudio, subindo para 86% nos carros.
"Aqui é preciso considerar que o ouvinte de rádio sempre ouviu comerciais, mas o público da internet se acostumou a receber produtos e serviços de graça e sem anúncios. Enquanto ele suporta isso em textos e até vídeos, pelo costume da televisão, rejeita em serviços como Spotify e nos podcasts", resume Marcel.
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