Senado indignado com STF 'drogueiro'

O Diário do Poder ouviu senadores a respeito do impacto gerado pelo julgamento da descriminalização do porte de drogas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no avanço da PEC antidrogas, de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. É mais uma usurpação do poder de legislar.

Conforme informação publicada pela a coluna do jornalista Cláudio Humberto, o senador Efraim Filho, relator da matéria, detalhou os pontos da estratégia que vai defender em reunião com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre, nesta terça-feira (5).

“A tese que vou defender é aguardar decisão do Supremo e entender o alcance da decisão para definir os limites de atuação da PEC, tanto no que diz respeito a posse, como o porte”, afirmou o parlamentar.

O Senador Eduardo Girão diz que o clima entre os senadores é de indignação e afirmou que o Supremo age de forma ‘sorrateira’. Ainda segundo o parlamentar, o Senado foi pego de surpresa com o agendamento da votação. “Ninguém esperava que o Supremo corresse com isso”, acrescentou.

O parlamentar, signatário do pedido de impeachment do presidente do STF Luís Roberto Barroso, lembra que ele palestrou a favor do uso de drogas em evento da fundação Open Society, a pedido de George Soros, patrocinador global da liberação das drogas. “Ele devia se declarar suspeito”, enfatizou Girão.

O senador Styverson Valetin classificou como ‘inaceitável’ que o tema seja ‘ressuscitado’ pelo STF. O parlamentar destacou que o sistema de saúde no Brasil não tem estrutura para bancar o adoecimento decorrente da dependência química. “Não temos CRAS suficientes”, destacou.

E completou: “os ministros do STF não estão preocupados com a saúde pública e com as novas cracolândias que surgirão. É transformar o país em uma zumbilândia”. Já o senador Márcio Bittar vê com otimismo o cenário para o avanço da PEC antidrogas.

“Acho que a gente vence essa matéria. O sentimento é quase que unanime de que o Supremo invadiu a prerrogativa do Congresso Nacional. Temos o apoio do Presidente do Senado e do presidente da CCJ, que é um judeu conservador”, elencou.

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