Servidores criticam salário e Planserv

A Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (FETRAB) e a Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia (AFPEB) querem reajuste de salários e do auxílio-alimentação, suspensão de serviços de saúde pelo Planserv e alterações na previdência pública, entre outras exigências.

Elas enviaram um ofício à Governadoria há quase três meses, em 10 de dezembro, mas até agora o governador Jerônimo Rodrigues (PT) não deu qualquer resposta. Ele repete a falta de interlocução com os servidores que ficou famosa nas duas gestões de Rui Costa (PT), quando não houve aumento em 8 anos.

Apesar do período do ano destinado à correção salarial e revisão das condições de trabalho do servidor ser 1º de janeiro de cada ano, até o momento o governo tem ignorado a data-base. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias não consta nenhum reajuste salarial para os servidores públicos.

Os servidores da Educação já anunciaram uma paralisação no dia 13 de março. Os da segurança e da saúde, entre outras, também estão se movimentando, diante da necessidade de reparação da perda de poder aquisitivo ao longo dos últimos anos, causada pela inexistência de reajustes ou reajustes abaixo da inflação.

Segundo a dirigente da Fetrab Marinalva Nunes, "como não existe uma mesa de negociação permanente entre servidores e Governo para tratar sobre a reestruturação das carreiras no Estado, a expectativa é a de que o governador quebre o silêncio sobre essas questões o quanto antes".

“O chefe do executivo baiano precisa se pronunciar sobre os servidores públicos do estado da Bahia que recebem vencimento básico abaixo do salário mínimo por mês. É inadmissível que tenhamos companheiros em situação de falência alimentar e outros mergulhados em um endividamento sem fim”, destaca.

Outro ponto da pauta é o valor do auxílio-alimentação, que desde 2019 é de apenas R$ 12, bem abaixo do necessário para comprar um prato de comida. “Servidores precisam de mais do que elogios para seguirem servindo a população da Bahia com qualidade, como bem fizeram no último Carnaval".

"Dignidade e respeito ao servidor incluem um salário justo e reajustado a cada ano, comida na mesa e boletos pagos no fim de cada mês”, resume Marinalva. Além disso existe a questão do Planserv, que pode reforçar o caixa justamente pelo aumento salarial, já que a contribuição é um percentual do salário.

Nos últimos anos o Governo do Estado diminuiu sua parte na manutenção do plano de saúde e aumentou a dos servidores, que continuam recebendo de volta um serviço precário, com várias especialidades sem médico para atender e uma situação caótica no interior do estado.

“Nossa reivindicação é a de que o percentual do Governo seja elevado para pelo menos 5%, a fim de que a capacidade de atendimento do Planserv seja recuperada para os 520 mil beneficiários. Há, ainda, a pendência de uma unidade de referência de saúde para o servidor estadual na capital," diz Marinalva.

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sao pedro