Delegado tentou proteger o Rui Costa
A empresária Cristiana Prestes Taddeo, da Hempcar Farma, delatou a reação agressiva de delegados da Polícia Civil da Bahia, em defesa de Rui Costa (PT), nos momentos em ela citou o ministro-chefe da Casa Civil de Lula nos seus depoimentos sobre as fraudes na compra de R$ 48 milhões em respiradores.
Os aparelhos, comrpados em 2020 e destinados para vítimas graves da covid-19, jamais foram entregues. “Todas as vezes que eu mencionei o governador Rui Costa, os delegados que estavam me entrevistando minimizaram a sua participação dizendo que ele não tinha nenhuma culpa".
"Essas respostas se repetiram e, em algumas oportunidades, de forma agressiva; então eu percebi que eles estavam protegendo o governador”, disse a empresária em um trecho de sua delação premiada divulgado pelo colunista do UOL Aguirre Talento.
A delatora acusou delegados que investigaram o caso na Bahia de se recusar a transcrever as citações ao nome do governador petista, em três ou quatro momentos que que citou Rui Costa, ao tentar explicar o fato de ter recebido recursos públicos e não ter entregue respiradores para salvar vidas na pandemia.
A então delegada-geral adjunta da Polícia Civil da Bahia, Ana Carolina Rezende, foi apontada como a integrante da oitiva que mais protegia o governador, junto com demais delegados que a interrogavam. Suas referências à então primeira-dama Aline Peixoto também foram retiradas do depoimento.
Ela também citou um empresário que se apresentou como amigo do casal e cobrou R$ 11 milhões de "comissão" para fechar o contrato. “Eu destaquei que Cléber Isaac se apresentou como sendo muito amigo dela e os delegados fizeram perguntas a respeito, mas não há nada disso nos termos de depoimento.
A investigação da polícia baiana visava "enterrar" o assunto sem consequências para os envolvidos. Só depois que o caso passou para a Polícia Federal as informações que deveriam ter constado no inquérito estadual estão se tornando oficiais. Com Diário do Poder.
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