Danos no RS podem chegar a R$ 10 bi

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou dados parciais do sistema nacional de Defesa Civil que contabilizam danos de R$ 9,6 bilhões às cidades afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Os prejuízos de maior impacto são na habitação, R$ 4,6 bilhões em mais de 105 mil casas destruídas.

O setor público teve danos de R$ 2,3 bilhões, enquanto o setor privado sofreu perdas de R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 2 bilhões relativos à agricultura. A CNM esclareceu que houve uma redução em relação ao montante de R$ 10 bilhões em prejuízos aos municípios levantados na sexta (17).

E explicou que a variação resulta do processo de atualização de dados por parte de alguns municípios. Porque cinco dos afetados já tinham contabilizado danos e prejuízos e apareceram com números zerados, podendo indicar um novo preenchimento por parte dos mesmos. Outros cinco foram adicionados.

“A CNM acompanha diariamente a situação e reforça que os dados são parciais, uma vez que as gestões locais ainda enfrentam dificuldades para a inserção de informações no sistema”, diz a entidade que representa prefeitos brasileiros.

No dia dia 9, o governador Eduardo Leite disse serem necessários, pelo menos, R$ 19 bilhões para reconstruir o RS. Já o mandatário Lula (PT) anunciou, no mesmo dia, um pacote de R$ 50,9 bilhões para auxiliar famílias, trabalhadores rurais, empresas e municípios, se viabilizado pelo Congresso Nacional.

Segundo dados deste domingo, a maior catástrofe climática da história do estado atinge 463 dos 497 municípios gaúchos e afeta mais de 2,3 milhões de habitantes. As enchentes que castigaram o estado desde 29 de abril mataram 155 pessoas, deixaram 806 feridos e mantém mais de 617.500 fora de suas casas.

Foram resgatadas 82.666 pessoas e 12.215 animais, enquanto 89 gaúchos seguem desaparecidos. No setor público, o prejuízo inclui R$ 427,1 milhões de danos em escolas, hospitais, prefeituras, prédios de serviços públicos, instalações de usos comunitários, etc.

A infraestrutura (pontes, calçamento, asfaltamento de ruas e avenidas, viadutos, sistemas de drenagens urbanas, etc.) precisam de R$ 1,6 bilhão; o sistema de transporte sofreu R$ 88 milhões em prejuízos; a assistência médica emergencial R$ 8,8 milhões, o sistema de esgotamento sanitário R$ 12,5 milhões.

No setor privado, a agricultura tem R$ 2 bilhões em prejuízos; a pecuária outros R$ 220,5 milhões, a indústria R$ 267 milhões, o comércio R$ 129,7 milhões e outros serviços amargam uma perda de R$ 86,8 milhões. Os dados são levantados pelo CNM e pelo Diário do Poder.

14:05  |  


Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.

     


sao pedro