Itabuna tem plano de ação para cheias

Itabuna é a segunda cidade da Bahia em áreas perigosas, somando 28 de risco alto e 4 de risco muito alto. Os dados são do Serviço Geológico do Brasil, que aponta 6.697 pessoas e 2.963 residências nessas áreas. Esta é a quantidade que precisaria ser realocada para regiões sem risco de alagamentos ou deslizamentos.

A cidade, que sofreu sua segunda maior enchente da história em 2021, aprimorou as ações relacionadas com a Defesa Civil, melhorando a análise de risco, o planejamento de ações emergenciais e de mudanças no ordenamento urbano. Um instrumento importante são os mapas de inundação.

Através deles é possível definir as áreas de risco de Itabuna, que vem sofrendo com as constantes cheias do rio Cachoeira. Em geral, ocorrem cheias anuais que inundam, principalmente, trechos de ocupação irregular ao longo do rio. Eles foram mapeados em detalhes, incluindo os aspectos físico-ambientais.

Esse aglomerados irregulares passam pela Bananeira, Beira Rio e Jaçanã. Com a utilização do programa ArcView foi possível elaborar um mapa de risco com manchas de inundação para vários períodos do ano, para diminuir o perigo em áreas de ocupação desordenada, onde a maioria é de barracos.

A Defesa Civil de Itabuna hoje tem seu próprio boletim meteorológico e elaborou um novo Plano de Ação agora em 2024, visando otimizar os processos e o fluxo de trabalho do órgão, a análise dos cenários meteorológicos em todas as épocas, como as de estiagem e de inundações.

O documento detalha como são fetias as notificações para moradores de áreas de risco, as interdições e liberações, além dos procedimentos para demolição. Para a previsão de tempo, a Prefeitura usa o algorítimo Cosmo, do Instituto Nacional de Meteorologia, muito preciso e confiável.

Ele consegue analisar, com quase 100% de eficiência, cenários de chuva, temperatura, pressão atmosférica e ventos, possibilitando prever tempestades, ventanias, frentes fria e quente, por exemplo, com 48 horas de antecedência. Além dessa previsão, a Defesa Civil visita rotineiramente os locais de risco históricos.

Nesses locais (Ferradas, Rua de Palha, Rua Beira Rio e Bananeira) existem 1.115 residências, 10 escolas e 4 igrejas. São os mais afetados quando chove acima de 200 mm na bacia do Rio Cachoeira. Quando isto acontece, já existe um plano para distribuição rápida de alimentos, colchões, itens de higiene e limpeza.

Na prevenção, os 32 canais de macrodrenagem da cidade passam por manutenção periódica, com limpeza e retirada do entulho que os moradores insistem em jogar neles. Os mais críticos em época de chuvas são os do São Caetano, Gogó da Ema, Jaçanã, Vila Anália e Urbis 4. Ao lado deles vivem 3 mil pessoas.

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sao pedro