Medo fez Alba barrar os servidores

Nesta quarta-feira, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Menezes, decidiu vetar a entrada de servidores durante a votação do projeto de lei do reajuste salarial do funcionalismo. Na semana passada, a sessão foi interrompida por causa dos protestos contra a proposta do governo.

O estado propõe reajuste de 4% para todas as categorias, mas os sindicatos cobram 10%. O deputado estadual Rosemberg Pinto, líder do Governo na Alba, defendeu a medida. Segundo o petista, a proibição evita constrangimento aos parlamentares. Na verdade, o estado é maioria e aprova o que quer na Alba.

A proibição está mais relacionada ao medo dos deputados de ser alvo dos servidores e de retaliação em seus redutos eleitorais. Mas a oposição foi contra. O deputado Hilton Coelho, do PSOL, criticou a decisão do presidente da Alba. "É um episódio vergonhoso para a história do Legislativo baiano".

O líder da oposição, deputado Alan Sanches, do União Brasil, também lamentou o veto à presença dos servidores. Alan pediu que a entrada deles fosse liberada "na casa do povo", sob a condição de que permanecessem em silêncio. Pelo menos uma aliada se juntou à reclamação contra a medida de Menezes.

A deputada Olívia Santana, do PCdoB, solicitou a entrada dos representantes. Ela sugeriu que o presidente autorizasse manifestantes em número reduzido. “Não é uma questão de gostar ou não, é um direito do movimento sindical”, disse. Os apelos não mudaram o posicionamento do presidente Adolfo Menezes.

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sao pedro