Teosópolis recolhe livros para o RS

O Centro Cultural Teosópolis, de Itabuna, está arrecadando livros para as bibliotecas escolares do Rio Grande do Sul. A iniciativa atende a um apelo do escritor gaúcho Eliandro Rocha, que gravou um vídeo pedindo apoio dos brasileiros para recuperação do acervo literário do Rio Grande do Sul – Projeto A Ponte.

O escritor apresentou o tamanho da destruição. Somente na rede estadual foram 1.044 escolas totalmente submersas. Na rede municipal, ainda não foram mensurados os resultados. No município de São Leopoldo, primeiro a ser beneficiado pelo projeto, 18 escolas municipais ficaram 100% submersas.

“As crianças, além de perder suas casas, perderam suas escolas”, aponta o escritor. A campanha vem recebendo inúmeras adesões, como as do Colégio Batista de Itabuna, o CIOMF, o Setorial de Literatura do Conselho de Cultura de Itabuna, o Projeto Alvorecer e a Editora Via Literarum.

O projeto visa arrecadar livros que serão destinados para recuperar o acervo literário das escolas gaúchas, destruído na tragédia. As pessoas podem entregar os livros no Colégio Batista de Itabuna, no Centro Cultural Teosópolis e na Igreja Teosópolis, no bairro Conceição, de segunda a sexta, das 8h às 11h30 e das 14h às 17h.

Coordenadora do Centro Cultural Teosópolis, professora da Uesc e escritora, Janete Macedo reforça o apelo de Eliandro Rocha. “Temos que cumprir nosso papel social. Tivemos uma enchente aqui, em dezembro de 2021, e contamos com a solidariedade de todo o Brasil e do exterior”, lembra.

Essa pode ser a maior campanha de recuperação do acervo literário da história. “Por isso, nós gaúchos, queremos unir todos os estados do Brasil numa grande corrente de arrecadação de livros para reconstruir as bibliotecas escolares atingidas pela inundação do estado”, ressalta Eliandro.

A estimativa da Secretaria da Educação de São Leopoldo (RS) é que 80 mil obras foram perdidas na enchente. Um dos maiores desastres da história foi o da Biblioteca de Alexandria, no Egito, que perdeu 40 mil livros para um incêndio. Somente São Leopoldo tinha o dobro disso.

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