Tragédia gaúcha pode piorar ainda mais

O rio Guaíba voltou a subir, com a retorno de chuvas intensas ao estado do Rio Grande do Sul nas últimas 24 horas. Na manhã de domingo (12), o nível dá água era de 4,65 metros, e precipitações foram registradas na Região Metropolitana banhada pelo rio.

As águas do Guaíba podem aumentar ainda mais em virtude da vazão dos rios contribuintes e a atuação dos ventos. Canoas, Eldorado do Sul e Guaíba são cidades nos leitos dos rios Jacuí, Sinos, Gravataí e Guaíba que mais sofrem com cheias e são ameaçadas pela continuidade das enchentes.

O número de pessoas que estão temporariamente morando em abrigos no Rio Grande do Sul passou de 80 mil (80.826), conforme o boletim da Defesa Civil estadual, divulgado às 9h desta segunda-feira (13). Há duas semanas, mais de meio milhão (538.241) de gaúchos estão desalojados.

Eles foram obrigados a abandonar as próprias casas para ficar em segurança. As consequências dos temporais afetam cerca de 90% do estado, ou 447 dos 497 municípios, e mais de 2,11 milhões de pessoas foram impactadas direta ou indiretamente pelas enchentes.

Desde domingo, mais quatro mortes foram confirmadas, elevando para 147 o número de vítimas. Os nomes das pessoas mortas identificadas e as localidades dos óbitos podem ser consultados no site da Defesa Civil. Ainda há 127 pessoas desaparecidas. No levantamento oficial, em todo o estado, há 806 feridos.

Mais de 76.400 pessoas foram resgatadas. Somam-se a esses salvamentos 10.814 animais domésticos e silvestres. Atuam nesses salvamentos 27.651 agentes públicos federais, do Rio Grande do Sul e de estados parceiros. Mas existem histórias tristes de quem não conseguiu se salvar.

Uma delas, relatada na rede X.com, que concentra as informações dos voluntários, é a de Carlos Wolfart, de 41 anos. O catarinense morreu após ser levado pela correnteza do rio Pardinho, em Sinimbu (RS). Ele estava na região para ser padrinho de casamento de seu cunhado.

Enquanto aguardava pelo resgate, preso a uma árvore, Carlos enviou mensagem de despedida à família. "Reza por mim, tá? Cuida da mãe também," escreveu. Seu corpo foi encontrado oito dias depois. Em um gesto de solidariedade, os noivos doaram a comida do casamento para as vítimas desabrigadas. Com Abr e redes X.com.

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sao pedro