Alunos são destaque em feira nos EUA

Estudantes brasileiros conquistaram cinco premiações na principal feira de ciências e engenharia do mundo, a Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF), realizada em Los Angeles (EUA) de 11 a 17 de maio. O evento reuniu mais de 1.600 estudantes de cerca de 60 países.

Eles competiram por bolsas de estudo, estágios, viagens de campo e US$ 9 milhões em premiações. A delegação brasileira foi composta por 28 estudantes de ensino médio e técnico, de várias regiões do país. 16 foram selecionados pela Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), de São Paulo.

O grupo foi patrocinada pela Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil e organizada pela Escola Politécnica (Poli) da USP. Os demais, pela Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.

A premiação foi dividida em duas modalidades: Grand Awards Ceremony (prêmios de primeiro a quarto lugar, entregues pela organização da feira) e Special Awards Ceremony (prêmios concedidos pelas mais de 45 instituições de ensino e pesquisa parceiras).

O Brasil conquistou o segundo lugar na categoria Plant Sciences. Selecionada pela Febrace, Gabrielle de Oliveira Rodrigues, da Escola de Ensino Médio Luiz Girão, em Maranguape (CE) recebeu US$ 2 mil. Ela desenvolveu uma alternativa de conservante de frutos, natural, especificamente para os tomates.

Feito a partir do mandacaru e da carnaúba, o conservante é capaz de preservar o fruto durante um período de 21 a 27 dias, enquanto outros encontrados no mercado, majoritariamente sintéticos, preservam de 12 a 18 dias, e os frutos sem conservantes se deterioram entre o 6º e o 12º dia.

Foram premiados na competição Caio Nunes Santana, Emily Kanashiro da Hora, Carolina de Araujo Pereira da Silva, Alana Carolina da Costa França, Gabrielle de Oliveira Rodrigues, Pedro Paulo Milhomem Braga.

Na Special Awards Ceremony, Carolina de Araujo Pereira da Silva, também pela Febrace, recebeu US$ 5 mil com o primeiro prêmio do Drug, Chemical & Associated Association, além de US$ 1,5 mil com o terceiro lugar no prêmio da Mary Kay Inc.

A estudante do Instituto Federal do Rio de Janeiro desenvolveu o projeto Dinâmica de expressão de transportadores de metais como marcadores de malignidade e alvos terapêuticos no câncer, que identificou, in vitro, as proteínas transportadoras que levam o manganês a se inserir nos tumores do câncer.

Esse trabalho dá continuidade à linha de pesquisa coordenada pela professora Mariana Paranhos Stelling, que já havia identificado, em camundongos, que o acúmulo do metal manganês, adquirido via alimentação, contribui para a malignidade do câncer.

Nessa mesma cerimônia, Alana Carolina da Costa França, Caio Nunes Santana e Emily Kanashiro da Hora, do Instituto Federal da Bahia, campus Camaçari, receberam uma menção honrosa da American Chemical Society e US$ 100 com o projeto Do cafezinho ao carvão ativado: usando borra de café para tratar efluentes têxteis.

Já Pedro Paulo Milhomem Braga, aluno da Escola Santa Teresinha, em Imperatriz (MA), recebeu o prêmio Non-Trivial Fellowship Scholarship, que concedeu uma bolsa de participação em programa de formação on-line para estudantes de ensino médio, de U$ 500. Ele apresentou o projeto Análise do biopotencial larvicida do Joá Bravo (Solanum Viarum Dunal) em larvas de mosquitos causadores de doenças tropicais.

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sao pedro