Imposto sobre "comprinhas" é derrubado
Vítima da falha de articulação política do governo de Lula (PT) que o levou a confrontar a taxação de 20% sobre compras internacionais acima de US$ 50, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) reagiu à acusação de que teria surpreendido a classe política ao eliminar o “jabuti”.
Ele foi inserido no projeto de lei sobre incentivo a automóveis com energia limpa e não tinha nada a ver com o assunto. Em entrevista à CNN Brasil o relator da matéria acusou a Câmara de promover a verdadeira surpresa do episódio, com a artimanha legislativa de enxertar a chamada “taxa das blusinhas” no projeto.
“A surpresa foi ter inserido através de uma artimanha legislativa, conhecida como ‘jabuti’, um corpo estranho que foi exatamente a ‘taxa das blusinhas’, uma discussão extremamente sem nexo nenhum com o tema que nós estamos falando aqui. Então a surpresa que se deu foi na Câmara, não é no Senado”, rebateu.
Ele foi incisivo ao afirmar que atuou institucionalmente, como presidente da Frente Parlamentar Mista pela Eletromobilidade, depois de de dialogar com ministros focados no propósito original da matéria, que é regulamentar o Programa Mobilidade Verde, bem como senadores que não querem criar mais impostos.
“Há mais de um ano e meio eu venho trabalhando nesse programa Mover e eu passei para eles essa informação de que vamos aprovar o Mover, mas esse outro projeto não diz respeito ao tema. Esse outro projeto traz uma insegurança jurídica, para o Brasil, gigante, que é isso que afasta os investidores”.
O setor produtivo nacional fez um apelo público ao senador Rodrigo Cunha e classificou como equivocada a retirada do “jabuti” que a Câmara criou para cobrar imposto de importação de 20% para compras de até US$ 50 no exterior. O senador segue defendendo a redução da carga tributária. Com Diário do Poder
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