Novas gerações não desejam alto cargo

Uma pesquisa feita em janeiro por uma plataforma de currículos online, a Onlinecurriculo, revela que 56% dos 500 entrevistados priorizam um ambiente de trabalho saudável. Eles tiveram que levar em conta o seguinte cenário: se sairiam de uma empresa que apresente um ambiente de trabalho que não seja saudável, mesmo que o salário fosse satisfatório.

Em uma escala de zero a dez, onde zero indicaria que o trabalhador não sairia da empresa e dez que sairia com certeza, a maioria indicou que não permaneceria. 26% escolheram o número 10, 11% o 9 e 19% o 8. Somadas, as colocações que priorizam um ambiente saudável chegam a 56%. Só 4% ficariam pelo salário.

Um ambiente de trabalho que promove a saúde mental dos funcionários oferece inúmeros benefícios, como a redução do estresse crônico, capacidade de lidar com desafios e contratempos de forma construtiva, nível saudável de funcionamento emocional e psicológico e aumento significativo da produtividade.

Várias empresas já estão atentas a essas questões. O Banco Mercantil, por exemplo, foi uma das instituições que recebeu, neste ano, o selo Mental Heath, do GPTW. O selo mede os índices de bem-estar da empresa e é representado por uma nota de 0-100, que denota o perfil de como o time tem se sentido.

Ele é concedido a partir de 70 pontos na pesquisa. O Mercantil alcançou o Estágio Estratégico, somando 84 pontos, uma nota superior ao benchmarking das demais empresas participantes. O novo selo demonstra a preocupação do Banco no cuidado com as pessoas, criando ambientes mais seguros, diversos e respeitosos.

Para Priscila Lopes, gerente de Talentos e Cultura, é a coroação do trabalho. “As pessoas perceberem que o Mercantil tem esse ambiente psicologicamente seguro, que propicia o bem-estar do colaborador em todas as suas nuances, tanto físicas quanto mentais. O selo traz um feedback de como estamos atuando".

A profissional destacou como isso é valorizado pelas novas gerações. “As novas gerações valorizam ambientes que possam se expressar e desempenhar todas as suas habilidades. Isso é tão valorizado quanto os aspectos de salário e benefícios”, disse.

As gerações Y ou Millennials, nascidos entre 1981 e 1996, e a Z, composta por jovens nascidos entre meados dos anos 1990 e o início dos anos 2010, cresceram em um mundo marcado por crescente conscientização de questões relacionadas à saúde mental. Dessa forma, eles estão mais atentos a esses aspectos.

O salário, de certa forma, já não tem a mesma importância de antes. Fatores como a flexibilidade e a saúde mental pesam mais, tanto que, de acordo com um relatório da plataforma de people analytics canadense Visier, que entrevistou 1000 pessoas, os profissionais estão evitando cargos de gestão para ter mais tempo livre.

As metas relacionadas ao local de trabalho não superaram as três principais ambições. São elas: passar tempo com a família e amigos (67%), ter saúde física e mental (64%) e viajar (58%). Apenas 9% colocam como prioridade se tornar um gerente de pessoas e 4% afirmam se tornar um executivo de alto escalão.

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sao pedro