Paciente some e HRCC 'lava as mãos'
Nesta sexta se completam 9 dias que Elizeu Machado dos Santos, de 27 anos, deu entrada no Hospital Costa do Cacau, em Ilhéus, passou pela triagem e sumiu. Morador do Salobrinho e aluno de Matemática da Uesc, ele foi levado para o hospital na terça-feira da semana passada, pelo Samu, após tentativa de suicídio.
Entregue ao hospital e depois desaparecido, a direção do HRCC lavou as mãos sobre o caso. Em nota, afirmou que Elizeu ainda estava no estágio de triagem do atendimento, anterior a uma eventual internação, o que assegura ao paciente o direito de permanecer ou sair da unidade hospitalar. Isso não exime o HRCC.
Desde o momento em que entrou no hospital, entregue como paciente pelo Samu, Elizeu passou a ser responsabilidade dele. O pai do jovem, Gutemberg Rosa dos Santos, de 52 anos, não se conforma com a nota evasiva da instituição de saúde, que tenta se eximir da responsabilidade.
Gutemberg não entende como um paciente, com suspeita de surto psicótico e encaminhado após tentativa de suicídio, simplesmente desaparece de um hospital, sem que ninguém dê atenção a um caso grave como este. Gutemberg mora em Itagibá, no Médio Rio de Contas, e está em Ilhéus há nove dias.
Foi ele quem achou a maior pista do paradeiro do filho. Após uma caminhada de cinco horas na mata atrás do Hospital Costa do Cacau, encontrou a camisa e o RG de Elizeu. Também achou a pulseira descartável do hospital, que identifica os pacientes em triagem, mais uma prova da responsabilidade do HRCC.
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