PF fez buscas em empresa de Itabuna

Logo no início da manhã, o programa Conexão Morena, da Morena FM, noticiava a presença de viaturas da Polícia Federal e da Receita Federal na Beira-Rio, perto do Shopping Jequitibá, em Itabuna. Era o início da Operação Xepa, com 10 mandados de busca e apreensão em Ilhéus, Itabuna, Poções e Porto Seguro.

Nesta terça a Polícia Federal prendeu duas pessoas em flagrante por porte ilegal de arma e munições. Os presos foram identificados como José Newton Dias Mascarenhas e Patrick de Souza Miranda. A prisão de José Newton ocorreu em Poções, por porte ilegal de arma de fogo e munições.

Patrick foi encontrado com munições em Arraial D'Ajuda. Em Itabuna, a Federal cumpriu mandados em três endereços residenciais e dois comerciais. Um deles, pela foto fornecida pela PF, é o Comercial Mascarenhas, situado no Centro Comercial (foto). Em Ilhéus, outro mandato foi cumprido num endereço comercial.

Aberta em 1997 em Itabuna, a Comercial Mascarenhas está com CNPJ 01.756.019/0001-25 inapto segundo o site da Receita Federal. Ela tem como Razão Social a sócia Lindomar Francisca dos Santos, que também era dona da loja Espaço da Moda, em Poções, uma empresa já baixada.

A PF investiga a quadrilha por suspeita de sonegar mais de R$ 10 milhões em impostos. Segundo a Receita, a fraude é cometida por um grupo empresarial formado por pelo menos três empresas de distribuição, duas firmas patrimoniais (usadas para ocultação dos bens) e várias pessoas físicas atuando como laranjas.

As empresas eram constituídas por laranjas sem capacidade econômica, parentes dos investigados, mas delegavam os poderes de gestão das entidades por meio de procurações bancárias ou cartoriais. A Receita Federal estima que o prejuízo pode chegar a mais de R$ 100 milhões e abranger outras empresas do grupo.

No braço patrimonial, empresas em nome dos filhos dos beneficiários reais acumulam um patrimônio expressivo sem qualquer atividade operacional. Esse patrimônio era adquirido através de compras de imóveis com recursos de fora e os pagamentos diretos feitos pelas empresas do braço operacional.

As empresas de distribuição de hortifrutigranjeiros agiam em contexto de “total confusão patrimonial, ao atuar no mesmo ramo de atividade, compartilhar endereços, usar as mesmas marcas comerciais e promover intenso fluxo de valores entre as pessoas jurídicas e físicas que integram o grupo econômico", diz a PF.

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sao pedro