SP terá mais 33 escolas tempo integral

A Parceria Público-Privada (PPP) para a construção de 33 novas escolas irá oferecer mais 35.100 vagas de tempo integral na rede estadual de Ensino Médio e dos anos finais do Fundamental. As unidades funcionarão no turno de 9 horas, em um modelo que mostra melhores resultados em avaliações e queda na evasão.

O ensino pedagógico das escolas continuará sob responsabilidade da Secretaria da Educação de São Paulo. Caberá ao futuro concessionário a construção, gestão e operação das estruturas. O projeto foi qualificado pelo Governo de São Paulo em maio e a previsão é lançar o edital para leilão ainda em junho.

“Uma das diretrizes é ampliar o número de ofertas integrais. Os estudos mostram que os alunos aprendem muito mais em português e matemática no ensino integral. Ou seja, o tempo que o aluno dedica ao estudo é diretamente proporcional ao nível de aprendizado”, explica o secretário-executivo Vinícius Neiva.

A Seduc-SP possui 2.332 escolas de Ensino Integral, 44% do total. Desde 2012, a EE Professor Antônio Alves Cruz, em Pinheiros, São Paulo, faz parte do PEI e ao longo dos anos se destacou nas notas no Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar de SP. (Saresp) e no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Só no ano passado, 14 alunos da 3ª série do Ensino Médio da escola conseguiram ingressar em uma universidade pública e outros três ganharam bolsas em universidades privadas por meio do Prouni. Francisco Monteleone Sereza, 18 anos, foi um dos alunos que se transformou em universitário.

Ele entrou no curso de Direito da Universidade de São Paulo (USP) pelo Provão Paulista. “Aqui tem uma preocupação muito grande dos professores em colocar os alunos na faculdade. Eles sempre incentivaram, fazendo a gente pesquisar e estudar para os vestibulares. Eu fui preparado para poder entrar na USP”.

Um estudo do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação e Economia Social (Lepes), em parceria com a Seduc-SP e o Instituto Sonho Grande, mostrou que jovens que frequentaram o Ensino Integral nos anos finais do Fundamental entre 2013 e 2019 aprenderam 10 pontos a mais em português e 14 pontos a mais em matemática.

Além disso, o PEI melhora os indicadores de permanência dos jovens na escola. Para o tempo parcial, os pesquisadores calculam que a taxa de evasão é de 10,7%, sendo que no PEI a taxa cai para 9%, o que representa uma redução de aproximadamente 16% na evasão.

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