SP treina agricultores contra o fogo

As oficinas de prevenção e combate a incêndios florestais da Defesa Civil do Estado de São Paulo contaram, neste ano, com a participação de 2 mil agentes de 450 municípios. Pela primeira vez, as atividades tiveram a participação de agricultores. A iniciativa integra a operação SP Sem Fogo.

O objetivo foi instruir os produtores rurais sobre as principais técnicas para evitar queimadas de grandes proporções no período de estiagem. ‌Entre abril e maio, o órgão realizou 15 capacitações em diferentes regiões do estado. Os treinamentos foram presenciais e cada etapa teve duração de dois dias.

‌”O treinamento dos agentes é crucial para a operação, pois garante que estejam preparados para agir de forma eficiente e segura na prevenção e combate a incêndios, sempre com a missão de proteger vidas”, diz o cel PM Henguel Ricardo Pereira, coordenador Estadual da Defesa Civil e secretário-chefe da Casa Militar.

‌Uma das principais ações de prevenção de incêndios em vegetação abordada nos treinamentos foi a construção de aceiros: faixas em que se retira a vegetação para evitar a propagação do fogo em caso de queimadas. Os “buracos” são feitos com a ajuda de maquinário ou manualmente.

“Tenho uma propriedade que é um pouco vulnerável, porque fica na beira da rodovia. Então, temos que ficar atentos a esses eventos de incêndio. A gente procura manter aceiros e se preparar com alguns equipamentos que possam dar combate na hora do evento”, afirma o produtor rural Pedro Polizel, de Sorocaba.

‌Nos cursos, os participantes, que também englobam agentes de defesa civil municipais, aprendem sobre previsão meteorológica para o período de estiagem, planos de contingência, alertas e comunicação em desastres. ‌“Na hora do incêndio, a gente deve fazer comunicação com os órgãos do governo".

"Também deve alertar os vizinhos. Gostei de saber que a estrutura da Defesa Civil é bem organizada, com tudo muito bem aparelhado. Nessa época difícil de seca, a gente fica atento para que não aconteça um evento maior. Todos os produtores deveriam participar”, relata Polizel.

‌Durante as atividades, os agentes da Defesa Civil passam dicas e instruções sobre como utilizar os equipamentos de primeiro combate ao fogo, como abafadores e mochilas costais. A atividade é importante já que, em muitos casos, incêndios ganham grandes proporções por não haver um combate inicial adequado.

‌“Tivemos um exercício muito interessante com o uso do abafador, para combater o início do fogo em áreas mais baixas de capim, que pode propagar até chegar na floresta. Tem também o pulverizador costal. Vários agricultores têm e podem adaptar para fazer o primeiro combate"m diz o agricultor Rodolfo Vilela.

As ações da gestão estadual vêm contribuindo para a redução recorde de incêndios florestais. Em 2023, em todo o estado, a área atingida por incêndios florestais foi de 1.030 hectares, ante 7.181 em 2022, queda de 86%, mostra o Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas.

14:17  |  


Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.

     


sao pedro