Estudo define áreas a ser recuperadas

A recuperação e conservação da vegetação nativa na Bahia perpassa pela identificação das regiões hidrográficas prioritárias em cada bioma. Essa relação foi desenvolvida em estudo do Ibama e apresentada na última reunião do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Frades, Buranhém e Santo Antônio (CBH Frabs).

Essa Região de Planejamento e Gestão da Água (RPGA) foi identificada como uma das áreas com nível muito alto de conservação e recuperação, assim como a sub-bacia do Rio Preto, no cerrado, e o Lago de Sobradinho, na caatinga. A pesquisa mapeou as regiões tendo como base 12 critérios.

Entre eles estavam a fragilidade ambiental, relevância para a conservação das espécies e da paisagem natural, importância estratégica para formação de corredores ecológicos, existência de passivos ambientais, além de valor histórico e etnográfico, como nas terras indígenas e quilombolas.

O analista ambiental do Ibama de Eunápolis, Samuel Dias Santos, explica que a modelagem do estudo foi realizada com elaboração de mapas-sínteses. "Com base neles, foram consideradas prioritárias para a recuperação da vegetação nativa apenas aquelas áreas classificadas com nível muito alto de prioridade".

Segundo ele, a modelagem também identificou as áreas prioritárias para a conservação. Ao contrário do conceito de recuperação, Santos pontua que, embora essas áreas apresentam classes de prioridade alta e muito alta do mapa-síntese, elas ainda se encontram cobertas por vegetação nativa.

"Por não estar degradadas, essas áreas não necessitam ser recuperadas, mas a vegetação nativa necessita ser conservada, pois também apresenta características como fragilidade ambiental, restrições legais de uso e uma importância estratégica para a conservação da sua biodiversidade".

O presidente do Comitê das Bacias Hidrográficas do Lago Sobradinho (CBH Sobradinho), Ivan Aquino, destaca a importância do estudo para a preservação do meio ambiente e boa gestão dos recursos hídricos no estado, considerando os atuais desafios referentes às mudanças climáticas.

"Essa iniciativa é importante para que haja um equilíbrio, segurança, para que a balança não fique só para um lado. Creio que também pode contribuir para a recuperação dos rios afluentes", diz.

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sao pedro