Rod Nova Raposo resolverá os gargalos

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comemorou a definição do editar para a concessão da Nova Raposo, que vai revitalizar, ampliar e melhorar a rodovia Raposo Tavares, beneficiando 10 cidades da região metropolitana de São Paulo, com foco em resolver gargalos principalmente no trecho urbano.

Com investimento total de cerca de R$ 7,1 bilhões, as intervenções vão aliar a expansão da malha viária e a redução da tarifa com a chegada do sistema free flow. Ao todo, serão mais de 90 quilômetros de rodovia revitalizados.

As principais intervenções incluem a construção de marginais contínuas e a quarta faixa da capital até Cotia. Além disso, a região de Embu das Artes ganhará uma “alça externa” no trecho oeste do Rodoanel, aliviando o tráfego na região.

“A maior contribuição é a criação das vias marginais, pleito da população que reside entre São Paulo e Cotia. Estamos fazendo isso de maneira inteligente, criando uma espécie de avenida lateral na Raposo, justamente para separar o tráfego urbano”, afirma o secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini.

Os investimentos serão em duplicações, faixas adicionais, túneis, viadutos, implantação e requalificação de marginais, passarelas e dispositivos em desnível, entre outros. Também são previstos serviços de guincho, socorro mecânico, atendimento pré-hospitalar e centros de atendimento, além de wi-fi, iluminação e painéis de mensagens.

A previsão é que o edital de concessão seja publicado pelo Governo de São Paulo neste mês. O contrato será válido por 30 anos. Entre os pontos destacados do projeto está a melhoria no trecho da capital a Cotia, um dos mais movimentados da rodovia por absorver também o fluxo urbano.

Para melhorar o tráfego e dar mais segurança para quem acessa Cotia e bairros do entorno, como o Butantã e Alto de Pinheiros, serão instaladas vias marginais e quarta faixa. O local conta com acessos próximos entre si, o que aumenta as chances de acidente. Com as marginais, os acessos serão feitos fora da via expressa.

“Na marginal, a velocidade será reduzida para diminuir o número de acidentes. Com isso, conseguimos manter a velocidade da via expressa da Raposo para chegar de Cotia a São Paulo. Não é uma questão só de fluidez, é de segurança”, afirma Benini.

Além disso, os pontos de ônibus, que hoje ficam na rodovia, serão deslocados para essa “via urbana”, o que também vai diminuir a possibilidade de acidentes. O projeto prevê ainda passarelas, pontos de ônibus e nova iluminação. Outro avanço significativo será no acesso aos bairros.

Um dos principais gargalos da Raposo é o alto volume de veículos nos acessos de bairros residenciais da capital, como Butantã e Alto de Pinheiros. Para melhorar o tráfego nesses locais, a concessão prevê um acesso ligando a avenida Escola Politécnica com a Marginal Pinheiros e outro na chegada ao Butantã.

Isso aliviaria o tráfego na rodovia, uma vez que cerca de 30% do fluxo chega via Politécnica. A medida foi estruturada após consulta pública. Com isso, um viaduto que antes era previsto entre a avenida Valentim Gentil e Alto de Pinheiros foi retirado do projeto.

Além disso, a região da ponte Eusébio Matoso, que liga o Butantã e Pinheiros, também terá maior fluidez com a opção de novos viadutos. Na chegada ao Butantã, haverá intervenções para ampliação da alça da rua Alvarenga e a construção de valas e túneis na rua Sapetuba, para eliminar os cruzamentos em nível.

O trecho entre Cotia e São Paulo contará com vias marginais onde não será corado pedágio, desonerando a população que faz o trajeto urbano diariamente. Serão 48 quilômetros de marginais contínuas. A cobrança vai incidir somente aos motoristas que circularem pelas vias expressas.

O modelo de pedágio será o de pórticos do sistema free flow – cobrança automática sem praças físicas. A iniciativa permite cobranças proporcionais aos trechos utilizados, possibilitando distribuição mais igualitária dos custos e promoção da justiça tarifária. E terá desconto progressivo para usuários frequentes (DUF).

A tarifa ocorrerá somente após a conclusão das obras, prevista para o 8º ano após a assinatura do contrato. “O benefício para a população vai chegar antes da cobrança do pedágio”, afirma o secretário Rafael Benini. Os valores variam entre R$ 0,54 a R$ 4,84. Nos trechos já concedidos, haverá redução média de 20%.

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sao pedro