Situação de Dr. Mangabeira se complicou
A situação do médico Antonio Mangabeira se complicou nesta quarta. Após a denúncia da agente de saúde Romilda Souza contra ele, a empresária Carlessandra Pereira diz que também foi vítima de violência sexual no consultório do médico, em Itabuna. Romilda foi a três consultas com o profissional.
No terceiro encontro, concluiu que o suspeito abusou dela nas três ocasiões. Ontem, após a terceira consulta, registrou queixa na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam). Carlessandra afirma que viu o depoimento de Romilda e tomou coragem para contar seu caso.
Conforme a empresária, o médico a assediou sexualmente durante consulta em julho do ano passado. Na época, ela o denunciou à Polícia Civil e ao Ministério Público, mas ainda não obteve resposta das instituições. Sem citar nomes, ela diz que, no calor do momento, foi convencida a manter o caso longe da opinião pública.
Nesta quarta, no Conexão Morena, da Morena FM, o jornalista Oziel Aragão compartilhou o relato de Carlessandra. A mulher disse que, no começo, não entendeu o que estava acontecendo. “Só percebi que era um abuso sexual quando ele pediu para eu ficar em pé".
"Fiquei de pé, com as pernas juntas, e ele pediu para eu abrir os braços. Ele veio por trás, me abraçou pegando na minha virilha e eu senti ele com o pênis encostado em mim”. A empresária disse que, no Ministério Público, ouviu que novas denúncias contra o médico poderiam ser anexadas às em andamento.
O advogado Allah Góes participou do Conexão Morena desta quarta e comentou a situação de Mangabeira. Segundo ele, o caso exige cautela, até porque o acusado ainda não se manifestou. Ainda assim, "quando mais de uma vítima denuncia o mesmo suspeito, a acusação ganha corpo. Fortalece. Não é algo isolado”.
Responsável pela cobertura mais completa sobre o caso, o jornalista Oziel Aragão também explicou a importância do cuidado com as palavras que a imprensa usa em episódios como esse, como o respeito aos direitos de todas as partes. Nesse momento, conforme o apresentador, Mangabeira é apenas investigado.
Romilda Souza é agente comunitária de saúde de Itabuna. Nesta quarta, o sindicato da categoria emitiu nota de repúdio à conduta atribuída ao médico e cobrou providências das autoridades responsáveis. Manifestantes protestaram em frente à Oncosul, clínica onde Mangabeira teria cometido os abusos denunciados.
Mais de 24 horas após as denúncias, Mangabeira permanece calado. Na terça, policiais chegaram a ir ao consultório, mas não o encontraram. Segundo Oziel, uma terceira mulher, que mora em outro estado, chegará a Itabuna no sábado para também registrar denúncia contra o médico.
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