SP tem 220 cidades sem homicídios em 24

Um terço das 645 cidades do estado de São Paulo não registrou casos de homicídios dolosos - quando há intensão de matar - no primeiro semestre deste ano. São 220 municípios que fecharam o período sem esse tipo de crime, segundo balanço da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

O número de boletins de ocorrências registrados pela Polícia Civil por mortes intencionais chegou a 1.234 de janeiro a junho deste ano, queda de 7,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa é a menor quantidade de homicídios dolosos na história do estado para um primeiro semestre.

Dos municípios que compõem a região de São José do Rio Preto, 55 não tiveram homicídios em 2024. No entorno de Presidente Prudente, foram 36. As regiões de Bauru (32), Ribeirão Preto (26), Araçatuba (19), Sorocaba (17), Piracicaba (16), São José dos Campos (8), Campinas (7) e Santos (4) compõem a lista.

O coordenador do Sistema de Informação e Prevenção de Crimes Contra a Vida (SP Vida), major Hudson Rosa, explica que o programa busca mapear áreas para reforçar o policiamento. “O número de casos está menor do que em anos anteriores, mas o nosso objetivo, com todo esse trabalho, é que caiam ainda mais”.

Segundo o major, a iniciativa “fomenta ainda mais a transparência à população paulista”, que tem acesso aos dados divulgados mensalmente no site da Secretaria da Segurança Pública. Além disso, a Coordenadoria Operacional da Polícia Militar (CoordOp) desenvolveu um sistema chamado Painel de Homicídio.

Ele entrega aos comandantes de todas as regiões do estado, detalhadamente, as informações sobre os crimes. Assim, as equipes conseguem criar estratégias efetivas no combate aos homicídios. Entre 2013 e 2023, o estado de São Paulo teve uma queda de 41,3% na taxa de homicídios intencionais.

Há dez anos, a Polícia Civil registrava 4,4 mil assassinatos. O ano passado terminou com 2.605 crimes, o menor número de homicídios dolosos da história. Com isso, o estado registrou uma taxa de 5,85 ocorrências por 100 mil habitantes, uma das menores do país.

O SP Vida foi lançado em fevereiro do ano passado e, além de identificar o número de vítimas, especifica gênero, cor e orientação sexual das vítimas, bem como o contexto, motivação e região. Esses dados auxiliam as forças de segurança no planejamento de políticas públicas e ações para prevenção de delitos.

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