Abapa discute exportação de algodão

A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) participou de uma nova rodada de discussões sobre estratégias que incrementem o escoamento da produção baiana pela nova rota de exportação, via Porto de Salvador, diretamente para a Ásia.

O encontro, intermediado pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), reuniu representantes de tradings e contou com a apresentação da MSC e Wilson Sons/Tecon. As empresas destacaram os investimentos realizados no sistema portuário e no setor de navegação.

O navio MSC Orion, que zarpou pela primeira vez do Brasil no dia 24 de julho, carregado de soja, algodão, café e outros produtos agrícolas, inaugurou a rota Salvador-Ásia. “O grande desafio foi estabelecer a rota direta para a Ásia, e agora precisamos fomentar sua continuidade".

"No encontro, recebemos todas as informações logísticas relacionadas a essa operação, desde a recepção, armazenamento e carregamento até a acomodação final dos contêineres no navio. Para o setor produtivo essas informações são fundamentais na tomada de decisões," diz Alessandra Zanotto, da Abapa.

Os produtores baianos comemoraram essa nova opção, viável e com potencial para reduzir custos logísticos em relação ao transporte pelo Porto de Santos, em São Paulo. Como a Ásia é um dos principais mercados do algodão baiano, a Abapa tem acompanhado de perto a articulação da rota.

O objetivo é otimizar o transporte da fibra e garantir uma redução significativa no percurso, do Oeste da Bahia até o Porto de Salvador, de 900 km, em comparação aos 1.600 km até Santos, que atualmente concentra o maior volume de exportação do produto.

A produtora Ana Paula Franciosi acredita na nova rota e já vem utilizando Salvador para os carregamentos de algodão. "Isso começou com reuniões ainda na Bahia Farm Show do ano passado, quando visitamos a estrutura e começamos a nos organizar com pequenas cargas", conta.

"Agora, com a rota já em operação, conhecemos as vantagens e queremos incentivar que as tradings e outros produtores da região se familiarizem com ela e se sintam confiantes em utilizá-la, para que aumentemos o volume exportado," reforça.

Para a Abapa, o encontro foi uma oportunidade de esclarecer dúvidas e estreitar relações. “Saímos otimistas do encontro e com a certeza de que essa é uma opção viável para os produtores da Bahia e também do Matopiba, que garantirá a redução do frete rodoviário e dos custos logísticos".

"Além disso, proporciona segurança para que nosso algodão chegue ao mercado comprador nas mesmas condições em que foi enviado”, avalia Alessandra. A associação também destacou o papel da Anea na intermediação das demandas dos cotonicultores.

“A Anea abriu esse importante espaço e proporcionou uma excelente troca de informações, reafirmando seu papel de promover o algodão brasileiro nos mercados consumidores e defender os interesses da cadeia produtiva do algodão”, concluiu o diretor executivo, Gustavo Prado.

21:08  |  


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sao pedro